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Tecnologia vestível, moda ou tendência?

Autor: Rodolfo Ohl

Quando se fala em tecnologia vestível, ou wearable, que compreende a conexão direta dos dispositivos eletrônicos e seus usuários, sendo que seu design normalmente incorpora funções e recursos práticos, como acessórios esportivos e smartwatches, nós temos uma pergunta: quem a está usando? Levantamos esta questão, pois, em um estudo que conduzimos recentemente, descobrimos que o número de consumidores usando ou planejando usar esse tipo de produto dobrou. O mercado global de tecnologia vestível atual deve alcançar cerca de R$ 48 bilhões até o final do ano. Além disso, o aumento da adoção deste tipo de tecnologia pelos consumidores, em um momento em que surgem parcerias como a da Strava (aplicativo para monitorar atividades físicas) com Fitbit (dispositivo que se conecta a diversos aplicativos por meio dos quais é possível acompanhar seu desempenho físico durante a prática de exercícios), provavelmente manterá as empresas neste mercado ativo e que cresce cada vez mais. A Apple, por exemplo, espera vender 19 milhões de unidades de Apple Watch até o fim do ano e detém 56% do mercado de smartwatch.

Como é que nós soubemos que a tecnologia vestível é uma tendência do consumidor que está cada vez mais em alta? A SurveyMonkey Audience se uniu com Blueshift Research, empresa de pesquisa de investimento, para realizar um estudo sobre as tendências de consumo neste setor do mercado. Em maio, realizamos este estudo com 1.100 consumidores dos Estados Unidos sobre como essas tendências afetam as empresas e os investidores. Mais consumidores adotaram, ou estão planejando adotar, tecnologia vestível. Uma das tendências mais curiosas é o interesse crescente dos consumidores por esse tipo de produtos. Em nossa pesquisa, 40% dos consumidores disseram que estão usando ou planejando comprar artigos tecnológicos, monitores de saúde e smartwatches. Ao mesmo tempo, o número de pessoas que declararam que nunca iriam considerar a adoção de tecnologia vestível está caindo. De novembro a maio, vimos uma diminuição de 9,5 pontos percentuais entre aqueles que declaram não considerar a possibilidade de entrar em sintonia com essa tendência.

Dentre as possibilidades de tecnologia vestível estão: roupas para mensurar capacidade física, relógios que mostram a performance do sono, que medem o ritmo dos exercícios – a área da saúde tem sido grande contemplada neste sentido – , óculos de realidade aumentada, etc. Assim como a Internet das Coisas é uma tendência e promete a cada dia mais ajudar os usuários em tarefas cotidianas, a tecnologia vestível, vertente dessa “onda”, se mostra como algo que, aos poucos, vai se inserir no dia a dia das pessoas e que virá para ficar, ou por ajudar as pessoas em seu cotidiano ou simplesmente por mostrar-se “cool”.

O desenvolvimento dessa tecnologia ainda está engatinhando e precisa certamente de algumas adaptações e novas ideias para decolar de vez, tal qual foi com o celular, por exemplo, logo que foi lançado. Ele passou por diversas mudanças até ser o aparelho quase que indispensável que se tornou hoje. Mas logo que surgiu no mercado, tratava-se apenas de um aparelho móvel. E hoje é muito mais que isso. Será este o futuro da tecnologia vestível?

Rodolfo Ohl é country manager da SurveyMonkey no Brasil

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