Quase a metade (44%) das organizações esperam fazer uma mudança essencial em seus modelos de produtos e serviços nos próximos três anos por motivo de ruptura digital e a necessidade de se aproximar do consumidor. A informação, constante do estudo Harvey Nash / KPMG CIO Survey 2019, realizado pela KPMG, mostra que, na era digital, não é surpresa descobrir que mais líderes de TI estão relatando aumentos de orçamento do que em qualquer outro momento nos últimos 15 anos.
De acordo com a pesquisa, este ano uma grande parte das organizações aumentou em 55% os investimentos em tecnologia, maior nível atingido desde 2010. Além disto, as empresas têm aplicado mais em tecnologias emergentes. “As organizações que são líderes digitais e se consideram ‘muito eficazes’ ou até mesmo ‘extremamente eficazes’ no uso de tecnologias digitais para avançar em suas estratégias de negócios tiveram melhor desempenho do que suas concorrentes em todos os aspectos da pesquisa”, afirma o sócio-líder de IT Advisory da KPMG no Brasil, Claudio Soutto.
O estudo ainda mostra que tema tecnologia e inovação estão cada vez mais presentes nas pautas do conselho de administração. Os líderes digitais com maior poder de influência nos conselhos dão prioridade para o desenvolvimento de produtos e serviços inovadores ao invés de apenas manter a TI funcionando. O Conselho Administrativo e o CEO priorizam mais a criação de valor do que a eficiência. “Vemos que ainda há pouca participação de profissionais de tecnologia nos conselhos de administração. Acho que todas as empresas precisam de pessoas focadas em TI, influenciando e educando o conselho com relação ao uso de novas tecnologias. Mais do que conhecer tecnicamente as novas tecnologias é importante saber como usá-las para alavancar novos negócios”, pondera Soutto.