Hoje, durante o 2º Marketing Round Up – evento promovido anualmente pela AmCham (Câmara Americana de Comércio), que reúne executivos e publicitários para um debate sobre como acompanhar as tendências de marketing para 2008 e o comportamento do consumidor -, o Ibope Inteligência apresentou uma pesquisa sobre os resultados atingidos pelas empresas em 2007 e as perspectivas para o mercado de marketing em 2008. O levantamento foi realizado entre os dias 24 de outubro e 8 de novembro de 2007 com mais de 140 executivos de empresas associadas à Amcham.
A pesquisa detectou que as empresas estão otimistas quanto ao futuro da economia brasileira, com exceção da carga tributária que apareceu como a grande preocupação dos executivos para 2008 (73%). Dos entrevistados, 48% disseram estar apreensivos no que diz respeito à desaceleração da economia nacional e 44% apontaram mudanças na legislação/regulamentação como a principal inquietação em relação ao macro-ambiente econômico do País. “O peso da carga tributária é uma preocupação mais forte entre empresas de menor porte, enquanto a regulamentação preocupa mais empresas de grande porte”, afirma Laure Castelnau, diretora executiva de atendimento e planejamento do Ibope.
O ambiente de otimismo também pode ser notado quando o assunto são as perspectivas para o próximo ano: 90% dos entrevistados acreditam que a receita líquida de suas empresas deverá continuar crescendo no próximo ano e 79% afirmam que o lucro das corporações também continuará em linha ascendente. No que diz respeito a investimentos, 75% dos executivos entrevistados dizem que suas empresas continuarão aplicando dinheiro, principalmente nas três principais estratégias de crescimento:
1º – Exploração de novos mercados (72%);
2º – Desenvolvimento de novos produtos e serviços (67%);
3º – Novos canais de vendas (55%).
Marketing – Quando perguntados sobre as ferramentas de marketing que mais utilizaram em 2007, os executivos apontam eventos em 1º lugar (72%) , seguido por meios de comunicação dirigida como e-mail marketing, mala direta, etc (68%) e, em terceiro, assessoria de imprensa e Relações Públicas com 46%. Comunicação de massa, promoções e merchandising foram as ferramentas menos utilizadas em 2007 com, respectivamente, 40%, 29% e 17%.
“Esse resultado não significa que houve maior investimento, em termos absolutos, em eventos do que em comunicação de massa, pois podem ter sido feitos muitos eventos e apenas uma comunicação de massa com investimento ainda assim muito superior em valores absolutos. No entanto, representa uma forte tendência”, explica a executiva. Em relação às ferramentas que devem crescer em utilização no decorrer de 2008 destacam-se comunicação dirigida (62%), eventos (55%) e assessoria de imprensa e RP (40%).
Na opinião dos entrevistados, o comportamento do consumidor também vem passando por diversas mudanças, sendo que a mais evidente é a busca por informações sobre produtos e serviços. “Para 75% dos entrevistados, o consumidor dos nossos dias está muito mais pró-ativo e toma a iniciativa de ir atrás de informações sobre determinada marca ou produto. O consumidor não espera mais que a marca vá até ele. Ele mesmo procura saber mais sobre aquilo que deseja consumir e isso é muito positivo. Tanto que as empresas pretendem investir cada vez mais em relacionamento one to one, para atingir de forma efetiva esse consumidor ativo e preocupado com aquilo que consome”, acrescenta Laure.