“O que está sendo apresentado aqui já está acontecendo ou ocorrerá num futuro muito próximo.” Com essa frase, o head de inteligência artificial do CPqD, João Eduardo Ferreira Neto, advertiu de pronto aos participantes do Meeting ClienteSA – Bench & Transformação. Segundo o executivo, a fusão do físico com o digital está gerando novas formas de gerar valor para as organizações e as pessoas, ressaltando a irreversibilidade desse processo. Assim, mais importante que ficar abordando a robotização ou se basear em inovações arrebatadoras, é “falar dessa realidade de pessoas e empresas cada vez mais conectadas e servidas por novas tecnologias”. Tendo estas de ser estudadas, compreendidas e adaptadas para cada cenário específico.
Para Ferreira, vai-se criar todo um universo de suporte às demandas, em produtos e serviços, de um novo perfil de cliente. Este, agora, demonstra querer transparência, resolutibilidade e autonomia cada vez maiores. Da mesma forma que o cliente, neste novo cenário, as organizações têm de perceber em que estágio se encontram e para o qual pretendem caminhar. O técnico do CPqD pontuou, então, as principais tecnologias que estão habilitando a transformação. São elas:
A internet, não mais a “das coisas”, mas sim a “de todas as coisas”: vai oferecer, cada vez mais, ganhos de eficiência e produtividade. Vai reduzir custos e indispensabilidades, rastreamento de ativos, novos modelos de negócios e, talvez o principal, que é gerar novos insights.
Inteligência Artificial: vai capacitar e melhorar todas as organizações de forma efetivamente generalizada. “Há décadas vem sendo estudada e preparada. Agora toma impulso muito acentuado notadamente big data e os volumes de dados que são capturados, além do o fenômeno das máquinas que aprendem. Os dados auxiliam de forma crescente na tomada de decisão”, complementou.
Realidade aumentada: irá mudar radicalmente a forma como hoje se compra e vende. Será a união do mundo real com o virtual de forma como nunca sequer foi imaginado.
Blockchain: novo conceito altera a lógica da confiança em geral. A tecnologia, aqui, escala o nível de confiança e habilita novos patamares de segurança, rastreabilidade e contratos comerciais. Será praticamente a eliminação de intermediários.
5G: a “conectividade pervasiva”, nos termos utilizados por Ferreira, será um divisor de águas na transformação digital dos negócios em geral. Tem as características de ser 10 vezes mais potente que o 4G, apresentar alta confiança e baixa latência (menos de 1 ms) e alta densidade e escalabilidade (1M/Km2). Segundo ele, serviços como, por exemplo, o da telemedicina ganharão uma alavancagem sem paralelo.
Concluindo, o especialista afirmou que, após essas análises, pode-se falar de tudo que já vem acontecendo em termos de robótica e IA. Uma transformação de grande magnitude e sem retorno. O que confirma, segundo ele, a frase do alemão Klaus Schwab, autor de A Quarta Revolução Industrial e idealizador do encontro anual de Davos: “Neste mundo não é o peixe grande que come o peixe pequeno, mas o peixe mais rápido que devora o peixe lento”. Por isso startups vêm surpreendendo sistematicamente gigantes dos negócios.