A partir de ações de marketing voltadas para áreas de atuações dos clientes, a People Mais, agência de marketing de relacionamento, entrou numa discussão: a importância da ética nas concorrências e a premissa da conta versus o job. Nesses ingredientes acrescentam-se relatos fundamentados envolvendo ética, respeito, juniorização de algumas gerências e, principalmente, pouco reconhecimento à importância do mix de ferramentas que a comunicação dispõe hoje.
Para Edmundo Monteiro de Almeida, sócio-diretor da People Mais, este assunto deveria ser reavaliado. Não pela importância do seu contexto, mas pela ótica das competências, resultados, também pela consolidação e sobrevivência de algumas dezenas de agências do mercado. “Não sou contra as concorrências, pelo contrário, desde que sejam claras e transparentes, de domínio público, reconhecendo as melhores competências. As concorrências mais importantes deveriam ser pagas. Iria permitir um envolvimento maior de quem participa, diminuindo os riscos”, explica o executivo.
Diante dos fatos, a maioria das empresas optou por não possuir mais contas e sim jobs, pois estes são pontuais e acontecem quase sempre em cima de ações de necessidade imprevisível, raramente solicitado dentro de um planejamento estratégico. “Além disso, os jobs convivem com departamentos de compras avaliando custos, profissionais desavisados trocando anos de parceria, conhecimento estratégico por resultados imediatistas, tornando a economia questionável e fazendo com que as empresas convivam com uma realidade que não acompanha a maturidade da comunicação explícita na qualidade dos clientes, nas marcas, nos profissionais e nas conquistas”, observa Edmundo.
Esta sinergia é fundamentada pela necessidade dos clientes que vêem a oportunidade de trabalhar os produtos nos diversos campos da comunicação. Alguns começam a reconhecer que o sucesso dos produtos e profissionais não é exclusivo de uma única ação ou ferramenta e creditam o êxito das campanhas e promoções a uma visão estratégica de ações, a um alinhamento sem graus de hierarquia, em que cada agência, cada profissional, está focado no resultado, na satisfação dos seus clientes, acreditando que esta realidade só vai mudar frente a um alinhamento estratégico entre clientes, agências de publicidade e agências promocionais.
“Respeitar diferenças conceituais, as necessidades e as ferramentas da comunicação faz parte do processo evolutivo. Acredito no bom senso, nos profissionais da comunicação, valorizando o trabalho, a qualidade e o profissionalismo. Está na hora de se esquecer quem é mais importante, de compartilhar os objetivos. Um longo caminho para ser trilhado juntos”, conclui o sócio-diretor da People Mais.