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Uberização nos negócios

Autora: Claudia Bittencourt
No início, esse novo jeito de fazer negócios causou grandes transformações no ramo de hotelaria e nos meios de transportes, mais especificamente às frotas de taxis tradicionais. Hoje abre um mundo de oportunidades e novas formas de evoluir os negócios ou criar novos, numa integração total da tecnologia, por meio de aplicativos, com as pessoas, consumidores e fornecedores, batizada de economia colaborativa ou compartilhada.
 
Apesar das reações e resistências dos empresários que ainda vivem no ambiente “jurássico”, aquele não inserido no mundo digital, móvel e global. A economia colaborativa vai avançar quer aceitem ou não e quanto mais demorarem a aceitar e buscar usufruir dessa nova realidade pior será. A velocidade com que a tecnologia avança pode acabar com um negócio do dia para o outro e criar novos nunca imaginados.
 
Estamos vivendo a realidade do acesso e não mais da aquisição. As pessoas hoje acessam por meio de seus smartphones suas músicas e seus vídeos preferidos sem precisar adquiri-los e nem formar uma discoteca ou videoteca como no passado, a um preço infinitamente menor, por meio do iTunes, Kindle, Spotify, Netflix, uma série de outros serviços digitais preocupados, essencialmente, em atender a demanda do consumidor.
 
Outro impacto grande está acontecendo nas profissões, algumas do passado estão desaparecendo e outras surgindo. Por exemplo, pessoas que hoje complementam a renda com o uso do seu carro no sistema Uber, bastando para isso se cadastrar e cumprir com as regras do modelo de negócio, sem precisar fazer grandes investimentos, o carro que já utilizava para seu transporte, ou o segundo carro pouco utilizado pela família é a ferramenta principal.  A eficiência econômica do Uber é indiscutível
 
Nessa evolução os intermediários estão desaparecendo, a tecnologia permite o acesso do consumidor diretamente com o produto e serviço onde quer que ele esteja e virtualmente, não importa qual o canal que vende que disponibiliza esse produto ou serviço, o que vem mudando de forma radical a forma como as empresas lidam com seus canais de vendas. Verdadeira revolução está acontecendo no ambiente dos canais de distribuição e quem não atuar rápido frente a essas mudanças vai ser atropelado.
 
A Amazon foi pioneira nesse processo eliminando os intermediários na distribuição de livros. Depois, vieram a música e os filmes. A distribuição digital dessas mercadorias demoliu modelos de negócios baseados em CDs e papel. Na área de educação esse fenômeno já vem atingindo as escolas e universidade há mais tempo com a disponibilização de cursos gratuitos na internet o que vai evoluir também para a uberização, por meio de uma plataforma vários fornecedores de cursos podem disponibilizar seus conteúdos e o consumidor baixar de seu próprio smartphone.
 
A plataforma TED nada mais é do que um Uber de palestrantes e executivos de qualquer parte do mundo que ao disponibilizar seus conteúdos se aproximam virtualmente de qualquer interessado naquele conteúdo. Na área de fitness já temos em São Paulo uma academia a Spin’n Soul, rede de franquias que opera desde 2014 com pontos próprios e franqueados e se destaca no e-commerce, onde o consumidor pode comprar seus planos de aula, assim como agendá-las com apenas alguns cliques. Na área da saúde as Clínica SIM, em Fortaleza, DR. CONSULTA e FARES em São Paulo não deixa de ser um bom exemplo.
 
E assim outros negócios estão surgindo em muitos segmentos, fazendo com que empresários se unam em um único ecossistema para proporcionar por meio de um aplicativo o produto e serviço ao cliente da forma mais rápida, barata e gerando acima de tudo experiência.
Claudia Bittencourt é fundadora e diretora do Grupo Bittencourt

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