A expectativa com a Black Friday, neste ano, talvez seja a maior já vista. Isso porque tanto varejistas, quanto os consumidores, esperam que a data lhes traga bons retornos. Os clientes querem poder comprar aqueles produtos que estão nas suas listas de desejos, mas por conta da alta do dólar e da inflação tiveram que esperar para comprar devido o aumento do preço. Já as lojas esperam ter na data o respiro de alívio, conseguindo fechar o ano de forma mais positiva. Afinal, mesmo com momento não favorável da economia, o número de pessoas interessadas em participar do evento é grande. “Além disso, uma parte significativa de intenção de participar se converte em compras efetivas. Ou seja, intenção que vira realidade”, comenta Felipe Schepers, COO e cofundador da Opinion Box.
Porém, a Black Friday promete ser mais do que só esperança. Este ano, ele deve mostrar mudanças de todos os lados. Os clientes estão atentos com os preços há um tempo e se mostram até mais preparados, justamente, para não correrem o risco de serem enganados com falsos descontos. Além disso, até por conta da atual crise, não estarão ávidos por vários produtos, consumindo somente para aproveitar os preços melhores. Há uma maior cautela, tanto que eles assumem que vão pesquisar mais na edição deste ano, apenas para comprar aquilo que realmente querem e que seja interessante. “Como o mercado como um todo está em alerta e as empresas cada vez mais estão tomando cuidado em oferecer descontos reais e diferenciais competitivos, os participantes tendem a ter um maior leque de opções para tomar as melhores decisões”, avalia Schepers.
Do lado das empresas, o executivo aponta que a evolução está no fato de que perceberam que não podem ir com tanta sede ao pote em vender e ter bons lucros a todo custo – mesmo que seja diminuindo os valores drasticamente. “Elas perceberam que é preciso entregar mais que valor aos clientes”, diz ele. Até porque, enganar o consumidor é um risco vital ao negócio e que, no fim das contas, pode não valer a pena. Pois a imagem da marca fica prejudica até depois do evento e ainda faz com que o cliente desacredite na Black Friday como um todo.
Outra expectativa com a data é a chance de conseguir prever como será o Natal – desde ter uma noção sobre como serão as vendas, até quais são os produtos deverão ser os mais procurados. “Empresas que souberem captar essas informações aliadas ao contato com o seu cliente (e-mail, telefone, etc) podem utilizar a Black Friday para fortalecer o relacionamento e criar novas vendas em breve”, aconselha o COO.
