Insegurança, preocupação e medo são sentimentos normais em momentos de adversidade. Por outro lado, o mercado não pode parar, caso contrário será cada vez mais difícil sair dessa condição instável. Por isso, está mais do que na hora de as empresas se unirem e procurarem maneiras para reverterem o cenário. Aliás, união e ação foi a opinião dos participantes do painel “Perspectivas políticas e econômicas”, realizado na manhã de ontem (06) no XV Encontro com Presidentes, em São Paulo, que teve como moderador o presidente da Fenadvb, Miguel Ignatios. Tanto que para Virgilio Carvalho, presidente Codefat, esse é o momento da mudança para os empresários. “Se nós, como líderes, não participarmos dos riscos, não haverá condições para melhorar”, afirma. “Se continuarmos a apensar ver notícias seremos espectadores, mas se atuarmos, as coisas vão mudar.”
Com uma visão também positiva sobre a atual situação, Acácio Queiroz, presidente do conselho da Chubb, comenta que essa não é a primeira vez que o Brasil passa por uma crise e, nas anteriores, o país teve como característica conseguir se levantar e sair mais fortalecido. O que já é um bom motivo para os brasileiros se motivarem e procurarem fazer o mesmo. “É o momento de a sociedade ter maior participação, como a mobilização dos empresários, porque, senão houver isso, vai levar muito tempo para melhorar”, afirma. “Porque todos temos um pouco de responsabilidade, culpa até pela inércia”, aponta. “É difícil agir, mas é preciso.”
Inclusive, talvez agora seja o melhor momento para agir e utilizar o que o País tem de melhor como ajuda. Marcelo Coelho, vice-presidente e country manager do Mercado Pago no Brasil, comenta que mesmo com a crise atual e os casos de corrupção, aqui é um local rico de recursos naturais, com pessoas inteligentes e que trabalham muito. “O momento é de reflexão, que tem de ser lento e duro, mas será o instinto animal que levará algumas pessoas mais longe do que outras. Então, temos que tomar essa decisão de sermos mais atuantes”, analisa. Aliás, para ele as ações devem ir além de procurar oportunidades e onde investir, mas deve acontecer até no âmbito social. Em decidir como a sociedade irá prover aquilo que a população necessita e como os governos devem agir. “Sou otimista com tudo isso, temos que discutir qual destino queremos prover e quê caminho seguir. Tudo está por ser construído”, finaliza.
Principalmente, porque do futuro muitas são as suposições e poucas são as certezas, mas uma delas é a de que o mundo digital continuará transformando a sociedade e de uma maneira ainda mais intensa. Como aponta Jefferson Frauches Viana, presidente da WayBack e do IGeoc, uma profissão que terá tendência de acabar será a de operador de telemarketing. Dessa maneira, é cada vez mais importante que os líderes passem a pensar de quê maneira irão empregar suas energias de forma inteligente. “Pois temos que acompanhar as evoluções e nos adaptarmos a ela. Então, temos que pensar como empregar nossas energias, nos fortalecer diante de tudo isso, de forma positiva, para o que vamos viver ainda mais pra frente.”, diz.