As empresas que prestam serviços ao varejo – escritórios de arquitetura, visual merchandising, consultoria e engenharia, registraram aumento médio de 15% no fechamento de novos contratos e projetos em fevereiro, na comparação com o mesmo período de 2003. É o que revela sondagem da Abiesv (Associação Brasileira da Indústria de Equipamentos e Serviços para o Varejo) dentre as cerca de 50 empresas filiadas à entidade. Em relação a janeiro deste ano, também houve crescimento, de 5%.
Segundo o estudo, o setor de equipamentos – gôndolas, mobiliário, manequins e check-outs – ainda não acompanhou o mesmo ritmo do de serviços e permaneceu estável em fevereiro, tanto na comparação com o mês anterior quanto a igual período do ano passado. Para o presidente da Abiesv, Marcos Andrade, como janeiro foi um mês de crescimento para o varejo brasileiro – 6,09% em relação a igual período de 2003, segundo o IBGE -, há um sinal de retomada dos investimentos para a ampliação e abertura de novas lojas. “É natural que esse movimento incida antes no setor de serviços”, afirma o empresário.
A pesquisa ainda detectou uma pequena queda, de 5% em média, nos negócios das empresas que exportam equipamentos. “Não podemos considerar esse resultado uma tendência, já que fevereiro é um mês atípico, com menos dias e o feriado de carnaval”, diz Andrade. Os empresários ouvidos pela entidade ainda se mostram, em geral, otimistas em relação à economia, ao setor e as próprias empresas. “Em que pesem a carga tributária, os juros estratosféricos e a forte concorrência entre as empresas do setor, naturalmente apontados pelos empresários como os principais obstáculos ao crescimento, há um consenso de que este deve ser um ano melhor do que 2003 para os fornecedores de equipamentos e serviços ao varejo”, finaliza o presidente da Abiesv.