A Casas Bahia permanece na liderança dos investimentos em mídia no país, mas a diferença para o segundo colocado é cada vez maior: superior a 300% em relação à Unilever. No ranking Agências & Anunciantes, divulgado nesta segunda-feira pela Editora Meio & Mensagem, outro dado chama atenção em relação à rede varejista. A verba de publicidade da Casas Bahia em 2005 – R$ 1,027 bilhão – é apenas 30% inferior ao montante aplicado pelas 9 empresas que com ela compõem o grupo dos 10 maiores anunciantes do país. O ranking é feito a partir da combinação das informações do Ibope Monitor com os dados do Projeto Inter-Meios, da própria editora, referente ao exercício de 2005.
“Mesmo com pequena queda de share sobre período anterior – de 28,1% para 26,8% – o varejo ainda mantém preponderância nos negócios da publicidade nacional”, explica José Carlos de Salles Gomes Neto, presidente do Grupo Meio & Mensagem. Vale analisar o avanço da Rede Insinuante, empresa fora do eixo Rio-São Paulo, que salta do 14º para o 12º lugar no ranking com verba de R$ 110,3 milhões – acima de empresas como Coca-Cola ou Volkswagen, por exemplo. A Marabraz freou em 15% os investimentos em mídia no ano passado, caindo do 10º para o 17º lugar, com total aplicado de R$ 88,9 milhões. Já o Ponto Frio investiu 12% a mais (R$ 79,6 milhões), subindo da 23ª para a 21ª posição.
Entre os 20 maiores anunciantes do país ocorreram algumas oscilações de posição, mas o cenário permanece semelhante ao de 2004. Houve a chegada da Volkswagen no 15º lugar com verba de R$ 97,1 milhões e da Telefônica logo em seguida (16º lugar), com total aplicado de R$ 92,9 milhões. Foram desalojadas desse grupo a Schincariol e a Embratel. A cervejaria reduziu em 15% os investimentos em 2005, por isso caiu do 15º para o 22º lugar. Já a Embratel diminuiu em 29% a verba, passando da 18ª para a 33ª colocação.
Ranking das Agências – O grupo das 10 maiores agências de propaganda do país permanece igual, apenas com oscilações de posicionamento. O fato de atender a Casas Bahia mantém a agência Y&R no topo do ranking brasileiro das agências com maior volume de compra de mídia. A McCann-Erickson, que por vários anos liderou a lista, sobe agora do 5º para o 2º lugar, com crescimento de 30%. A agência desbancou a Lew,Lara, que passa ao 5º lugar.
A AlmapBBDO também cresceu 30% e, como conseqüência, salta três posições em relação ao ano anterior: da 6ª para 3ª colocação. A DM9DDB pulou do 8º para 6º lugar. Ogilvy & Mather e Publicis Brasil também perderam posições, mas ainda se mantêm entre as 10 primeiras. Ao analisar as 20 maiores agências, há duas estreantes. A Duda Mendonça cresceu 102% e passou para 16ª colocada. Já a Neogama BBH ampliou em 99% o investimento em mídia, daí a 17ª colocação.
O Agências & Anunciantes traz ainda a relação dos 30 maiores anunciantes governamentais do país. A Petrobras sai na frente, com investimento de R$ 132,9 milhões (-2% sobre 2004). A colocação em 2004 foi ocupada pelo Banco do Brasil, que passou para o 3º lugar. Como a Caixa Econômica Federal injetou 78% a mais na mídia ano passado, subiu do 4º para o 2º lugar. Entre os governos estaduais, o do Rio de Janeiro mantém-se no 9º lugar e o de São Paulo no 10º, embora tenham reduzido investimentos em 9% e 8% respectivamente.