Os indicadores do primeiro trimestre de 2019 já apontam para a continua recuperação da economia e do varejo, mesmo que de forma lenta e gradual. Com isso, a previsão do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo, Ibevar, é um crescimento de 3,5% do varejo ampliado, determinado pelos segmentos de veículos e material de construção.
Para o presidente do Ibevar, professor Claudio Felisoni de Angelo, esse aumento está relacionado à retomada da economia e a volta da confiança do consumidor. “O balanço do último trimestre de 2018 já apontava para um progresso. Acredito que em 2019 o varejo apresentará bons resultados, tendo em vista a definição do quadro político e a própria sucessão de anos anteriores muito ruins”, considera.
Felisoni associa o tardio aquecimento do varejo ao cenário político enfrentado nos últimos anos. “O período anterior às eleições foi de profunda incerteza para a população. O quadro político tem contribuído na recuperação da confiança do consumidor”, avalia. “Os primeiros meses revelam ainda um crescimento lento das vendas. Uma melhora mais acentuada deve ocorrer no segundo semestre. O impacto das políticas econômicas leva alguns meses para surtir efeito e precisamos analisar esse período de retomada”, completa o presidente do Ibevar.
O executivo ainda avalia o desempenho das vendas no e-commerce, que representam apenas 6% do volume total de varejo. Entretanto, pontua que a velocidade de expansão do modelo de negócios é de 2,5 vezes ou 3 vezes mais rápida em relação ao varejo físico. “O mercado e os consumidores estão em transformação. Acredito que as lojas físicas também vão se reinventar para acompanhar esse processo e não ficar para trás. Além disso, vivenciamos uma forte tendência da unificação dos canais de vendas e distribuição das empresas”, finaliza Felisoni.