O comércio varejista da Região Metropolitana de São Paulo deve encerrar os primeiros seis meses de 2008 com alta de 5% no faturamento em relação ao mesmo período do ano passado. No contraponto entre junho deste ano e igual mês de 2007, o crescimento tende atingir 2%. Já na comparação com maio de 2008, as vendas reais devem apurar queda de 7%. Os dados constam de projeções feitas pela Federação do Comércio de São Paulo (Fecomercio) acerca dos resultados da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV).
Segundo a Fecomercio, a observação mais preocupante que se tem da avaliação da série de resultados nesses seis primeiros meses de 2008 é redução consecutiva na magnitude dos índices de crescimento. Muito embora ainda não sejam permitidas conclusões seguras, essa desaceleração nas taxas de crescimento nas vendas do varejo poderá se perpetuar diante de um cenário econômico menos estável, em decorrência das pressões inflacionárias registradas recentemente.
De qualquer maneira, os bons resultados registrados no semestre se deram em função dos determinantes do consumo que permaneceram positivos no período: emprego, renda em recuperação e crédito ainda em expansão e acessível. Considerando o cenário, o desempenho das vendas varejistas em 2008 tende a mostrar resultado positivo em relação ao ano passado, com taxa de crescimento entre 3 e 4%, em função de uma leve desaceleração no ritmo do consumo.
Dos nove segmentos que compõem a PCCV, apenas Lojas de Autopeças e Acessórios e Lojas de Departamento devem encerrar o semestre com quedas de, respectivamente, 30% e 14%, nas vendas reais. Já os demais prometem apurar altas: Lojas de Vestuário, Tecidos e Calçados (25%), Eletrodomésticos/ Eletroeletrônicos (15%), Materiais de Construção (13%), Concessionárias de Veículos (12%), Móveis/ Decorações (11%), Supermercados (2%) e Farmácias/Perfumarias (2%).