O estudo “The Current State of Digital Readiness in Retail” indica que 67% dos varejistas do Brasil estão investindo a fim de se preparar para a disrupção digital, contra 51% dos varejistas norte-americanos. Os dados do estudo, realizada pela Cisco com mais de 200 executivos do varejo em todo o mundo, sendo 30 deles do mercado brasileiro, revelam também que investimentos em tecnologias que favoreçam a “experiência do cliente” representam uma tendência maior no Brasil em relação aos EUA (46% contra 40% das prioridades de investimentos). Já em inovação, a fatia maior está na América do Norte (34% contra 19% das prioridades de investimentos).
Outro ponto é que 65% dos investimentos feitos pelo segmento são em tecnologias relacionadas à experiência do consumidor e inovação, enquanto que 6% dos investimentos são dedicados a tecnologias de produtividade dos funcionários. “O Brasil é um país que responde muito bem a questão do relacionamento direto com o consumidor. Mesmo em um segmento que busca recuperar seu fôlego, investir em tecnologias que possibilitem a disrupção é fundamental na geração de novas oportunidades e se reinventar em uma época difícil da economia do país”, explica João Paulo Albuquerque Melo, gerente geral da divisão de indústria de consumo da Cisco para América Latina.
DADOS GLOBAIS
Tecnologias como data centers, segurança, plataformas tecnológicas simplificadas para lojas, conectividade, cloud computing, colaboração e Xaas (Tudo como Serviço) estão entre as prioridades de investimento em grande parte das varejistas em todo o mundo. “Isso mostra que os varejistas estão preparadas para a disrupção digital e criando uma base, para que tenham suas estruturas prontas para movimentos de investimentos posteriores para as fases de diferenciação e definição”, destaca Melo.
Porém, a pesquisa revela ainda que os varejistas estão avançando de forma cautelosa e ainda inicial para a esperada transformação digital. Segundo o estudo, 30% deles ainda têm atitudes reativas ao invés de serem proativos sobre a disrupção digital. E o mais importante é que eles não estão vivenciando totalmente a experiência da digitalização por priorizarem seus investimentos em tecnologias de experiência com consumidor, em maior proporção do que em plataformas de produtividade de seus funcionários. Trata-se de uma análise diferenciada em relação ao mercado brasileiro. Segundo a pesquisa, o mercado mundial de varejo está perdendo o equivalente a US$ 187 bilhões com essa postura.
A análise destaca a oportunidade para o varejo mundial em gerar mais de US$ 506 bilhões de movimentação se investido de forma eficiente em transformação digital. “Os varejistas precisam progredir na digitalização de suas forças de trabalho e na operação de forma equilibrada, em conjunto com a experiência com o cliente e inovação para se posicionar de forma significativa no mercado varejista”, finaliza o executivo da Cisco.