As expectativas moderadas dos comerciantes brasileiros se confirmaram e o comércio varejista apresentou o resultado mais fraco dos últimos quatro anos para o Dia das Crianças: as vendas a prazo cresceram +3,15%. Nos anos anteriores, as expansões foram de 4,80% (2012); 5,91% (2011) e 8,74% (2010), segundo dados do Serviço de Proteção ao Crédito, SPC Brasil, e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, CNDL. O resultado leva em conta as vendas parceladas realizadas na semana que antecede o Dia das Crianças, entre 5 e 11 de outubro.
Na avaliação do presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, a desaceleração da expansão das vendas no setor já era esperada pela maioria dos comerciantes, que sentem os reflexos da inflação ainda em patamar elevado e do crédito mais caro. “O consumidor brasileiro está mais cauteloso, fato que o leva a priorizar compras à vista, com um ticket médio menor e a renegociar dívidas já assumidas. Além disso, muitos estão se resguardando para consumir no Natal”, explica o especialista.
Na avaliação de Pellizzaro Junior, o mix de produtos infantis vem se transformando e neste ano, além dos tradicionais brinquedos e peças do vestuário infantil, produtos eletrônicos, como smartphones, notebooks e tablets foram incorporados às listas de presentes.