Praticamente um terço das empresas (28%) não possuem planos de proteção contra desastres causados pelo terrorismo, causas naturais ou falhas de sistemas, de acordo com a pesquisa e o relatório sobre o planejamento de continuidade dos negócios realizada pela AT&T e pela Cisco Systems, em cooperação com o EIU – “Economist Intelligence Unit”. Isso porque 28% das empresas confirmaram nessa pesquisa que já passaram por experiências de total paralisação de suas operações críticas de negócios como resultado de algum tipo de desastre no passado.
A pesquisa, que foi conduzida pelo Economist Intelligence Unit, pediu a 240 executivos sênior no mundo que comentassem sobre as capacitações de suas empresas em relação ao planejamento de continuidade de seus negócios. O relatório da pesquisa define planejamento de continuidade de negócios como sendo as estratégias e os processos que permitem a empresa sobreviver a incidentes e ameaças como quebras de segurança, desastres naturais ou terrorismo.
A pesquisa ainda revela que muitas empresas são descrentes em suas habilidades de gerenciar ameaças a seus patrimônios mais valiosos. Menos da metade dos participantes acreditam que suas empresas possuem capacidades para proteger os seus negócios de ameaças ao patrimônio digital (por exemplo, os sistemas de tecnologia da informação e dados) e a infra-estrutura geral. Apenas 48% acreditam que conseguem garantir a segurança de seus funcionários no caso de um desastre.
“Os resultados dessa pesquisa demonstram que ainda há muitas coisas a serem feitas antes que as empresas se sintam confiantes de que estão fazendo todo o possível para identificar e colocar em segurança medidas que protejam seus funcionários, escritórios e sua propriedade intelectual”, diz Robert Lloyd, presidente de Operações da Cisco Systems na Europa, Oriente Médio e África.
As empresas americanas têm a tendência de ter planos de continuidade de seus negócios já em operação, de acordo com a pesquisa. No entanto, mesmo as empresas que possuem planos de continuidade de seus negócios freqüentemente falham em testar os mesmos com regularidade: menos da metade das empresas pesquisadas testaram seus planos de contingência nos últimos 12 meses.
“Esta pesquisa deverá servir como um despertador para os negócios” diz John V. Slamecka, vice-presidente da AT&T para a América Latina, Caribe e Canadá. “Com o aumento do dinamismo dos negócios, independente de sua localização: Canadá, Argentina, Brasil, ou no México, há cada vez mais um requerimento de conexões contínuas com os mercados globais e os sistemas de tecnologia da informação tornaram-se o sistema nervoso central. O risco de uma pequena interrupção no serviço é cada vez maior. É vital que cada empresa possua, em funcionamento, um plano de contingência confiável, robusto, escalável e testado. O aumento da exposição das regulamentações e também da área fiscal garantem que esse é um tópico que não deve ser ignorado pelos executivos sênior. Com ameaças diversas, desde ataques cibernéticos até desastres naturais, todos adicionando camadas de complexidade, é imperativo que nos preparemos para o inesperado”.
O relatório, que inclui entrevistas e estudos de casos das melhores práticas de negócios no planejamento de contingências, bem como uma análise completa dos resultados das pesquisas, sugere que muitas empresas acreditam que os planos de contingência são importantes. Porém, poucas empresas fizeram pequenos progressos na implementação de medidas para resguardar suas empresas dos desastres potenciais. O relatório conclui que as empresas terão cada vez mais pressão de seus acionistas, do mercado e das seguradoras para demonstrar planos de contingência mais robustos no futuro próximo.