Hoje eles representam mais de 100 milhões de pessoas no Brasil. Se a nova classe C brasileira fosse um país ocuparia a 12ª posição no ranking mundial de população. “Percebemos que as pessoas desta classe têm um forte sentimento de dignidade e orgulho, que não era comum enxergar antes. Hoje eles sabem de seus direitos e deveres, e vão atrás do que acham justo”, comenta a gerente de projetos da CO.R Inovação, Mariana Loducca Kok. A gerente ressalta a importância de parar de perceber a atual classe C como uma mesma massa, com o mesmo padrão de comportamento.
“As marcas que reconhecem a história dessas pessoas e não as colocam em um patamar inferior, são as marcas que falam com este público”, afirma Mariana. De acordo com ela, as empresas devem proporcionar facilidades para que a classe aproveite o que sempre sonhou: desde comer bem, até ter roupas da moda e ir ao cinema com mais frequência. “As classes mais altas servem como referência. Permitir que estas pessoas se satisfaçam com tudo o que desejam é a nova missão das marcas”, revela.
Além disso, Mariana também indica que as marcas ressaltem o valor cultural da classe C para atrair este público. “A produção cultural e intelectual do nosso país não vem apenas da elite brasileira”, diz. A gerente exemplifica com o fenômeno tecno-brega que interfere na vida cotidiana de todas as classes, não apenas da Classe C.