O canal para quem respira cliente.

Pesquisar
Close this search box.

Volta ao passado?

Ponto de vendas, SAC, redes sociais, chat, site, telefone, aplicativo mobile… Hoje, não resta muitas escolhas às empresas senão serem multicanais, a fim de conseguirem atender o cliente onde quer que esteja. Afinal, com o mercado cada vez mais saturado e com consumidores mais exigentes e ávidos por novidades, qualquer atraso no atendimento ou nas inovações pode ser um risco para os negócios. Entretanto, outro grande desafio do mercado é que, ao mesmo tempo em que o cliente deseja modernidade, ele também procura cada vez mais pelo atendimento próximo e pessoal. Então, como conseguir atendê-lo em todos esses quesitos? O caminho é procurar por um meio na qual é possível manter o contato pessoal, sem deixar os outros de lado. Para muitas empresas, não foi preciso recorrer à grandes mudanças, pois já possuíam um dos métodos que mais permite a construção de laços fortificados e pessoais com os consumidores, a venda direta.
Como foi feito com a Polishop, que mesmo sendo omini-channel, entende a necessidade que essa estratégia possui, sendo tão efetiva quanto as outras. “Todos os canais de venda são importantes para alcançar a missão da empresa: atender o cliente onde ele estiver e da melhor forma possível. E isso existe na venda direta, por isso é importante estarmos nesse canal também”, afirma o presidente, João Appolinário.
Também conhecido como o porta a porta, a venda direta é, talvez, uma das maneiras de se chegar ao cliente mais tradicional que existe no mercado mundial e brasileiro, (veja box abaixo). Por meio do trabalho feito por revendedores, ela é uma forma clássica, que permitiu o desenvolvimento do varejo ao longo dos tempos. “A venda direta é a venda por relacionamento, realizada por um vendedor autônomo que vai até a casa do cliente, ou em seu local de trabalho, para oferecer um produto e/ou serviço”, explica Roberta Kuruzu, diretora executiva da Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas, ABVED. Mas, apesar de muitos a verem com uma opção antiga, ela é uma estratégia que mostra ter muitas características que agradam a nova forma de comportamento dos clientes.
Por exemplo, possuir uma estrutura de que o vendedor vai até o cliente, ou este sabe onde encontrá-lo, é um método que traz conforto e flexibilidade – tanto para quem trabalha como para quem é atendido. “Esse é um dos canais mais importantes para o segmento, principalmente, por sua capilaridade e facilidade de levar o produto até o consumidor”, conta Telmo Campos, gerente de novos negócios da Mahogany. Acrescenta-se, ainda, ao fato de que, ao aumentar a capilaridade da empresa com a venda direta, a empresa também tem o benefício de crescer o seu conhecimento ao público, uma vez que haverá mais pessoas divulgando os produtos, demonstrando suas funcionalidades e informações sobre a marca. “Sem contar a maximização dos resultados, criando um novo canal e otimizando custos”, completa.
CICLO DE VANTAGENS
Para o diretor sênior de vendas e eventos da Herbalife, Jordan Rizetto, uma das razões para a empresa ter conquistado sucesso no País, sendo uma das cinco maiores operações da marca no mundo, é justamente porque o modelo se encaixa à cultural brasileira. “Para nós, o grande atrativo do mercado brasileiro é essa cultura favorável ao porta a porta por meio de pessoas conhecidas. Por isso, investimos nesse modelo e orientamos os consultores sobre as melhores práticas de negócio.” Além disso, soma-se a importância que os revendedores possuem ao negócio. “Eles desempenham um papel fundamental como embaixadores da marca.”
Assim, são os revendedores que conseguirão o sucesso da empresa, sem contar a efetividade na fidelização dela com os consumidores. Para a Tupperware, a não demonstração dos produtos ou a falta de informação do consumidor é prejudicial à marca, pois o público pode não entender sobre o total desempenho da empresa. “Nada melhor do que o cliente ter uma pessoa em quem confia, dentro da casa dele, no trabalho ou onde quer que seja, explicando sobre o produto ou serviço. Só por meio da revendedora será possível mostrar todo o potencial dos produtos, pois as prateleiras não falam”, explica Luiza Souza, diretora de marketing.
Luiza ainda acrescenta que, para a empresa, a revendedora também deve ser tratada como cliente, até porque o contato da marca será com ela e, antes do público-alvo, é ela quem precisa ser fidelizada e estabelecer laços com o negócio, para que, ao vender os produtos, também passe essa mesma imagem aos clientes. “Ainda que haja um investimento pequeno para ser uma consultora, a profissional tem planos e desejos e a responsabilidade nossa em honrar o que prometemos a ela e, além disso, em honrar o que ela está prometendo para a sua cliente final, é enorme. Entregar menos do que prometi, não só terei um impacto negativo e significativo para a revendedora, que fez um investimento de negócio e que se pré-dispôs a representar uma empresa, como para a própria marca, que frustrou sua cliente e as consumidoras da marca. É muito sério, é muita responsabilidade”, ressalta.
Estabelecendo uma relação verdadeira e uma estrutura de trabalho de sucesso, tanto empresa quanto consultor receberão as vantagens do processo. Mas, para que ele exista, Campos afirma que é preciso ter um formato definido e trabalhado, por toda cadeia, que deve ser claro, assertivo e focado no relacionamento entre marcas e revendedores. “A chave para o sucesso da venda direta é a qualidade do produto oferecido e o relacionamento Marca x Revendedor x Cliente, juntamente com regras claras e objetivas para o negócio.”
Venda direta em números:
– Os primeiros registros da venda direta no mundo datam do fim do século XVIII, na Inglaterra, quando a editora da Enciclopédia Britânica adotou a prática do porta a porta;
– No Brasil, o processo começou em 1942, com a empresa Hermes, que implementou o conceito por meio do reembolso postal; 
– Hoje, 90% do volume do setor corresponder à área de produtos de beleza e bem-estar; 
– Atualmente, a venda direta, no País, conta com mais de 4,5 milhões de pessoas em sua força de vendas, gerando cerca de oito mil empregos diretos. Em 2013, atingiu US$ 14,6 milhões de dólares em volumes de negócios.
– O Brasil é o quarto país no ranking da World Federation of Direct Selling Associations (WFDSA), ficando atrás, apenas, dos Estados Unidos, Japão e China;
– Ao todo, no mundo, o mercado movimentou mais de US$ 178 bilhões, somente em 2013, por meio das atividades de mais de 96,2 milhões de revendedores.
Fonte: ABVED e WFDSA

E para você, qual é a vantagem de se investir em venda direta? Participe da nossa enquete!

Confira também as outras matérias do Especial:
Um dos conceitos mais antigos do mercado, venda direta garante exclusividade no atendimento
Aumento da capilaridade e reconhecimento são alguns dos motivos da Mahogany investir no modelo
Herbalife coloca consultores como principais responsáveis pelo bom relacionamento com cliente
Para uma empresa omni-channel, como a Polishop, venda direta é chance de uma maior aproximação
Antes de cuidar das consumidoras, Tupperware se preocupa em fidelizar revendedoras

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima