A voz do consumidor

O brasileiro com pendências financeiras tem em média três dívidas em atraso, entre os desempregados o número sobe para quatro. É o que revela a pesquisa Voz do Consumidor, realizada pelo Instituto Geoc, no mês de outubro, em um universo de 300 mil consumidores (inadimplentes e pagadores).
O estudo mostra também que, dos brasileiros com dívida em atraso, 85,4% estão na lista de restrição ao crédito e 33,1% das pessoas disseram não ter condições de quitar seus débitos antes de 2017. O percentual das pessoas que não sabem o total das suas dívidas aumentou em relação ao ano passado, eram 29% e atualmente são 46,7%.
As principais dívidas continuam sendo o cartão de crédito, 66,6%, crédito pessoal, 43% e varejo, 31,8%. “Entre as pessoas de renda mais baixa, o percentual de dívidas no varejo sobe para 41,7% para quem tem renda até R$ 1.450,00 e para aqueles que ganham entre R$ 1.450,00 e R$ 2.900,00 fica em 46,6%. Já a modalidade financiamento de veículos é maior entre a classe média alta, que ganha acima de R$ 2.900,00”, revela Jair Lantaller, diretor do Instituto GEOC.
Sobre as contas que jamais deixam de pagar, 80,2% dos entrevistados pela pesquisa responderam água, luz e telefone. Aluguel e prestação da casa própria vêm em segundo lugar com 42,9%. A pesquisa mostra ainda que as contas de água, luz e telefone também são as primeiras a serem quitadas em caso de atraso, com 29,6%, seguidas de cartão de crédito, 27,2%, e aluguel, 14,6%. Já o cheque especial vem em último lugar, 3,2%.
O levantamento aponta também a relação entre dívidas e desemprego, em 2010 o desemprego era apontado como o responsável por 32% do atraso de pagamentos, já em 2015 este percentual subiu para 41,8%.
Para quitar os débitos pendentes, 42,7% dos entrevistados querem negociar os valores antes, 16,2% pretendem reduzir os gastos e 11,9% pensam em complementar a renda.
Negociando as dívidas
O meio preferido pelos devedores na hora de renegociarem uma dívida é o e-mail, com 55,6%, seguido de telefone, 27,5% e WhatsApp com 7,4%. O que mais pesa na hora da renegociação de uma dívida são os juros embutidos, 48,7% e o valor da parcela 38,4%, revela a pesquisa.

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