Por mais contraditório que pareça, é exatamente nesse momento de recessão que o setor de consórcio pode tirar forças para manter sua trajetória de crescimento. Isso se deve a fatores como a elevação da Selic a 12,75%, juros cada vez mais altos e crédito cada vez mais restrito, tornando a escolha pelo consórcio a mais segura dentre as opções, devido a sua funcionalidade como poupança programada, além dos encargos baixos, ausência de juros e prazos de pagamento mais amplos. Entretanto, existem obstáculos a serem enfrentados pelo setor, como, por exemplo, posicionar o produto como um investimento que oferece segurança e controle financeiro, segundo Rafael Boldo, gerente de consórcio da Porto Seguro.
Apesar da adversidade, é preciso levar em consideração que os últimos anos trouxeram um novo aprendizado econômico para os consumidores, tenha ele surgido com a facilidade do crédito, pelo Código de Defesa do Consumidor, ou pelo acesso à informação. Isso resultou em compras mais conscientes, onde os consumidores trocaram o imediatismo por um investimento planeja e programado. “O desafio é entender o objetivo do cliente. Perceber se ele está preocupado apenas com o menor valor de mercado, com a qualidade da empresa, se prioriza o atendimento ou se preocupa com o processo todo”, explica Boldo. Por meio das informações fornecidas pelo futuro consorciado é possível direcionar os esforços da marca e do produto na entrega de qualidade.