Crédito para todos

Mais conhecido em uso de viagens internacionais, o cartão pré-pago ainda precisa conquistar um espaço na carteira do consumidor brasileiro, assim fizeram os cartões de crédito e de débito. Entretanto, enquanto o grupo de viajantes é composto por clientes das classes A, B e C, essa modalidade de cartão contempla a parte da população que, geralmente, não consegue um cartão de crédito em vista da análise de risco feita pelas concessionárias do serviço. Para tanto, é preciso lembrar-se das diferenças, pois enquanto o cartão de crédito aprova um limite para uso do consumidor, o cliente que faz uso do cartão pré-pago carrega a quantia desejada para então utilizar.
Com isso, o setor não sofre com o crescente índice de inadimplência – impulsionado pela crise econômica – e o consumidor consegue fazer um planejamento financeiro, visto que ele só poderá gastar o valor carregado. “A principal vantagem do cartão pré-pago é que há um limite estabelecido de gastos. Por outro lado, o consumidor precisa ficar atento às taxas cobradas por esta modalidade de cartão de crédito: entre elas estão as taxas para carregamento do cartão ou para saques em dinheiro, além da anuidade, o que pode tornar o cartão pré-pago mais caro que o cartão tradicional”, explica Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil.
De qualquer forma, observando a situação econômica do País, o cartão pré-pago pode trazer benefícios às concessionárias, já que, além de não existir o risco da inadimplência, terá lucro com o serviço. “Os riscos, a princípio são menores do que o cartão de crédito tradicional, já que o consumidor tem seu gasto limitado ao valor que foi recarregado no cartão”, pontua Marcela. Em contra partida, o consumidor não ficará preocupado em ter seu nome negativado na modalidade dos cartões – uma das modalidades que apresenta mais dívidas com bancos – e, ainda, ajudará a manter a economia girando. 

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