É preciso conscientizar!

Eles têm entre 18 e 25 anos, são apaixonados por informática, vestuário, sapatos, bolsas e produtos de marca ou grifes famosas. Essas são características dos jovens que se endividam tão cedo, segundo Rogério Nakata, planejador financeiro da Economia Comportamental.  “Estão em segundo lugar no número de inadimplentes nessa faixa etária, representam 18% dos endividados no país, só perdem para os consumidores de 31 a 40 anos, com 25%, segundo a Serasa Experian”, afirma o especialista.
Para Nakata, a inadimplência nessa geração está aliada ao consumo compulsivo dos jovens que não sabem esperar o momento certo para adquirir algum bem e desde cedo já se comprometem com prestações acima de suas capacidades financeiras. “Ao invés de aproveitarem para criar uma poupança, para a construção de uma reserva financeira ou para aquisição de bens com recursos próprios, preferem desde cedo fazer dívidas e pagar juros altos para antecipar seus desejos e sonhos”, conclui.
Dessa forma, a educação financeira acaba sendo essencial para chamar a atenção desses jovens e incentivá-los a fazer escolhas inteligentes com a renda, segundo Nakata. Ele sugere que a empresa credora preste serviço de consultoria ou de orientação antes de lhe conceder o crédito. “Com a conscientização, o credor também terá mais tranqüilidade ao emprestar seus recursos para o tomador que, ao adquirir crédito de forma consciente, poderá honrar o compromisso assumido sem a necessidade de recorrer a escritórios de cobrança ou custos advocatícios para tentar reaver o que emprestou”, destaca. Já no caso das ações de cobrança, o especialista afirma que a melhor maneira é utilizar as tecnologias disponíveis para o serviço. “A internet e as mensagens por celular acabam sendo mais eficientes quando se trata da geração Y”, afirma.

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