Famílias ajustam orçamentos para evitar crédito

Apesar de todas as dificuldades que o País enfrenta, da queda de confiança, do aumento do desemprego e da inflação corroendo o poder de compra, consumidores e mercado financeiro vêm mantendo o sistema de crédito saudável e longe do risco de uma explosão de inadimplência. É o que mostra os dados a última edição da Pesquisa de Risco e Intenção de Endividamento (PRIE), elaborada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), segundo a qual apenas 9% dos consumidores pretendem contrair algum tipo de dívida nos próximos três meses. No mesmo período de 2014, esse resultado chegou a 11,9%.
Com isso, o Índice de Intenção de Financiamento dos consumidores paulistanos registrou 19 pontos, recuo de 23,1% na comparação com setembro do ano passado. Em relação a agosto, porém, houve aumento de 10,3%. Para a FecomercioSP, os consumidores estão pouco propensos a se endividar e vêm adequando o orçamento doméstico à nova realidade econômica do País. Porém, o aumento do desemprego e a elevada inflação vão inevitavelmente impor maiores riscos e perdas para o mercado de crédito.
O índice de segurança de crédito teve aumento de 10,1% em setembro e alcançou 85,9 pontos. Já no comparativo com o mesmo mês do ano passado, houve variação positiva de 3,7%. Isso mostra a mudança de hábito no comportamento das famílias, que deixaram o mercado de crédito um pouco de lado. Entre o grupo dos não endividados, o indicador passou de 93,9 para 109,7 pontos, um acréscimo de 16,8%. Já o indicador de segurança de crédito dos endividados apresentou aumento de 0,2% e registrou 65,5 pontos no mês.

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