Em julho, o número de consumidores inadimplentes no país foi de 61,6 milhões, de acordo com os dados da Serasa Experian. Esse é o segundo maior desde o início da série, realizado em 2016. O recorde da série foi registrado em junho, com 61,8 milhões de inadimplentes. Na comparação com julho de 2017 (60,4 milhões), o índice teve aumento de 1,99%, já na comparação com junho deste ano, houve queda de 0,32%. O montante alcançado pelas dívidas em julho deste ano foi de R$ 272,5 bilhões, com média de quatro dívidas por CPF, totalizando R$ 4.426 por pessoa.
Segundo os economistas da Serasa Experian, o enfraquecimento do ritmo de crescimento econômico contribui para manter em patamares elevados as taxas de desemprego no país e, consequentemente, os níveis recordes de inadimplência do consumidor. Apesar de as dívidas atrasadas com bancos e cartões de crédito terem a maior representatividade dentro do índice, na comparação interanual, a participação desse segmento caiu 1,6 ponto percentual enquanto a participação dos segmentos de utilities, telefonia, serviços e financeira aumentou.
A inadimplência dos idosos, embora não seja a faixa mais elevada, foi a que mais cresceu nos últimos dois anos. Em julho deste ano, 35,1% dos brasileiros com mais de 61 anos de idade estavam com contas atrasadas. Se comparado ao mesmo período de 2016, a inadimplência desse público registrou crescimento de 2,6 pontos percentuais. A faixa etária mais inadimplente continua sendo a dos adultos entre 36 e 40 anos, com 47,2% dos brasileiros inadimplentes. No entanto, observa-se que, nos dois últimos anos, a fatia de adultos inadimplentes cresceu muito menos do que a dos idosos. Já a que mais caiu foi a dos jovens, registrando queda de 2 pontos percentuais nos últimos dois anos.