Mercado abrangente

Mesmo com o poder de compra reduzido devido às atuais medidas econômicas, os consumidores vêm buscando opções mais atrativas e flexíveis para continuar tornando realidade seus sonhos – como o da casa própria. Além disso, a internet trouxe muita informação para quem deseja fazer uma escolha planejada, algo que tornou o brasileiro mais consciente e educado financeiramente. Dessa forma, os consórcios foram se apresentando como boas alternativas para quem não consegue juntar dinheiro, mas pretende comprar um imóvel ou carro, por exemplo. Essa escolha parece mais acertada, já que o serviço pode ser classificado como uma poupança programada, além da isenção de juros, taxas menores, e prazos e pagamentos flexíveis.
Tanto é assim que o principal perfil é um cliente planejador que troca o imediatismo pelo custo reduzido do consórcio, segundo Alexandre Luis dos Santos, diretor presidente da BB Consórcios. “Inclusive, englobando as diversas classes sociais. Por exemplo, cada vez mais presenciamos os clientes classes D e E terem acesso a determinados bens de consumo, popularizando ainda mais o consórcio”, elucida. E nem por isso a inadimplência é um problema nesse setor, já que a mesma se divide em duas fases, conforme explica Santos: a primeira é quando o cliente é um poupador, não sendo passível de ficar inadimplente perante o grupo; e a segunda é quando o consorciado já é contemplado – e, neste caso, existem mecanismos que mitigam a exposição, como o seguro de quebra de garantia.
Essa segurança torna possível aproveitar uma série de oportunidades deste segmento, que movimenta cerca de R$ 80 bilhões de negócios e ainda possui espaço para expansão, não se limitando somente as linhas tradicionais (imóveis e veículos), podendo abranger até a área de prestação de serviços (procedimentos estéticos, turismo, educação e outros). “Embora seja um produto cujo formato é genuinamente brasileiro e mesmo tendo o setor crescido expressivamente nos últimos anos, o desafio ainda é atingir um maior número de consumidores com conhecimento do produto, até pelas diversas opções de uso do produto para aquisição de bens e serviços”, conclui Santos.

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