Se um dos maiores desafios do setor de cobrança era a localização do devedor, graças à tecnologia esse é um problema quase totalmente sanado. Com o smartphone, tablets, notebooks e redes sociais, enviar uma carta para o inadimplente é quase um custo desnecessário – principalmente se o endereço não for o certo. E a principal diferença é que os atuais clientes preferem se comunicar dessa forma, devido à praticidade oferecida em tempos corridos. Assim, quem agiliza a resolução dos problemas dos outros, como é o caso das recuperadoras de crédito, ganha pontos na hora de fidelizar os clientes. Portanto, o setor deve pensar, mais do que nunca, em aderir a multicanalidade.
Conforme explica Diogenes Barbosa, diretor executivo da Safemoney, o grau de maturidade da cobrança multicanal no Brasil ainda é moderado quanto comparado em outros países. No entanto, já é possível observar o crescimento do mesmo. Principalmente nas empresas que já investiram e agora estão colhendo os frutos. “Com o entendimento dos diferentes perfis de segmentação de carteira é possível maximizar a recuperação de créditos e melhorar os indicadores de performance da área de cobrança”, aponta Barbosa.
Dessa forma, é possível perceber que o desafio atual não é mais a localização, mas sim o relacionamento com o cliente. Inclusive no que diz respeito a melhorar o fluxo de informações para conseguir uma ação mais rápida e efetiva. Assim, por mais que muitos gestores pensem que este momento de crise não é propício para investir, na realidade esta é a hora adequada para difundir boas práticas de mercado. “Muitas empresas ainda buscam apenas a redução de custo na cobrança e naturalmente amargam resultados insatisfatórios de performance. Cada dia mais é necessário entender o comportamento dos consumidores e abordá-lo de acordo com o meio mais adequado para tentar um contato e posterior negociação”, aconselha Barbosa.