Para 48,8% das famílias paulistanas, 2013 começou mais endividado. O valor representa alta de 2,6 pontos porcentuais (p.p.) em relação a dezembro de 2012 e aumento de 6,4 p.p. em relação a janeiro do ano passado. É o que revela a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo, FecomercioSP. O porcentual de endividamento é ainda maior nas famílias que ganham até dez salários mínimos, representando 52,8% do total.
De acordo com a Assessoria Técnica da FecomercioSP, a elevação do endividamento nessa época do ano já era esperado, uma vez que sofre o impacto das compras realizadas no fim de ano. O número de famílias endividadas que ganham até dez salários mínimos demonstra que a população com renda mais baixa depende mais do crédito para manter os atuais padrões de consumo.
Em números absolutos, o total de famílias endividadas aumentou de 1,659 milhão em dezembro para 1,751 milhão em janeiro, sendo que no mesmo mês de 2012 esse número era de 1,521 milhão. Já o número de famílias com contas em atraso apresentou queda de 0,5 p.p. em relação ao mês passado, registrando 15,3%. No comparativo com janeiro do ano passado, o indicador apresentou alta de 4,9 pontos porcentuais.
A PEIC apontou que o principal tipo de dívida continua sendo o cartão de crédito (68,2%), seguido por carnês (17,2%), financiamento de carro (12,3%), crédito pessoal (8,6%), cheque especial (6,8%), financiamento de casa (5,6%) e outros (6,8%). Segundo a Assessoria Técnica da FecomercioSP, o alto nível de utilização do cartão de crédito se deve, principalmente, à expansão do consumo nas classes C, D e E, da qual 73% contraiu dívida através do cartão de crédito. De dezembro para janeiro, o destaque fica para o aumento de 2,12 p.p. no financiamento de carro e crescimento de 1,57 p.p. no cheque especial.