Recuperação de crédito abre ano com alta

O indicador de recuperação de crédito do consumidor em todo o país – obtido a partir da quantidade de exclusões dos registros de inadimplência – apontou elevação de 4,0% em janeiro de 2015, contra o mês anterior, após ajustes sazonais, de acordo com os dados da Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito). O resultado inicia 2015 melhor que 2014, quando o indicador obteve queda de 0,6%, mantida a mesma base de comparação. Na comparação interanual (jan/15 contra jan/14) também houve alta, mais amena, de 0,3%. Já na comparação acumulada em 12 meses (fev/14 a jan/15 contra os 12 meses antecedentes) o indicador apresentou queda de 2,9%.
A expectativa de queda no indicador de recuperação de crédito anunciada ao final do ano de 2013 acabou se consolidando em 2014. Contudo, a despeito da piora esperada dos indicadores macroeconômicos, a Boa Vista SCPC estima que o indicador apresente melhora na comparação com o ano passado, devendo encerrar 2015 estável. Alguns fatores, como o aumento do crédito – ainda que em menor magnitude – e a relativa estabilidade no mercado de trabalho, contribuem para que o cenário da inadimplência não se deteriore. Ademais, tanto por parte do consumidor quanto por parte das empresas concedentes de crédito, tem se observado maior cautela nas transações, fator que influencia diminuições nos indicadores de inadimplência como, por exemplo, as quedas dos atrasos registrados no sistema financeiro nos últimos meses.
Regiões
Na comparação mensal (jan/15 contra dez/14), houve queda no pagamento de dívidas nas regiões Norte e Nordeste, que variaram -2,7% e -0,5%, respectivamente. Dentre as regiões que apresentaram altas, o destaque ficou para o Sul, que obteve forte elevação em janeiro (6,5%). Já as regiões Centro-Oeste e Sudeste também obtiveram aumentos de 4,5% e 5,4%.
Varejo
O indicador que considera a recuperação de crédito no setor varejista registrou elevação de 5,1% na comparação mensal (jan/15 contra dez/14) dos dados dessazonalizados. Entre as regiões, o pagamento de dívidas cresceu nas seguintes configurações: Centro-Oeste (7,3%), Nordeste (6,8%), Sudeste (5,2%), Norte (4,4%) e Sul (0,5%).

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