Os setores de telecomunicações, eletricidade e gás impulsionam aumento de 6,9% nas operações concessão de crédito para os segmentos de comércio e serviços. Como resultado, os desembolsos creditistas realizados pelo BNDES alcançaram R$ 34,2 bilhões nos primeiros quatro meses do ano, superando em 1,4% o valor registrado em igual período de 2011. Já os financiamentos à indústria recuaram 10,4%, de acordo com nota oficial publicada hoje pelo Banco Central.
O estoque total das operações de crédito do sistema financeiro nacional cresce 1,7% e atinge marca de R$ 2.136 bilhões em maio, alta de 18,3% se comparado a ao mesmo período de 2011. A evolução ocorreu de forma equilibrada entre os segmentos de créditos livres – sem nenhum direcionamento obrigatório – e direcionados, mantendo-se as trajetórias declinantes das taxas de juros e dos spreads bancários (diferença entre o custo de captação de recursos pelos bancos e a taxa cobrada dos consumidores).
Nesse contexto, o crédito disponível alcançou 50,1% do PIB, ante 49,6% em abril último e 45,7% em maio do ano anterior. A representatividade dos bancos públicos no total de crédito aumentou 0,4 pontos percentuais (p.p), ao atingir 44,6%, enquanto a participação das instituições privadas nacionais e estrangeiras recuou 0,2%, situando-se em 38,4% e 17% respectivamente.
As operações com recursos livres somaram R$ 1.370 bilhões em maio, com acréscimos de 1,6% no mês e 16,1% em relação à igual período de 2011, correspondendo a 64,1% do total de crédito do sistema financeiro.
As operações relativas a pessoas jurídicas somaram R$ 687 bilhões, com aumentos de 1,9% e 17,2% nas mesmas bases comparativas, com destaque para as operações de capital de giro e para os financiamentos lastreados em recursos externos.
Os empréstimos destinados a pessoas físicas, impulsionados pela demanda por crédito pessoal, totalizaram R$ 683 bilhões, registrando expansões de 1,2% no mês e 15% em doze meses.
O crédito com recursos direcionados atingiu saldo de R$ 767 bilhões, ao crescer 1,8% no mês e 22,4% em doze meses, traduzindo o dinamismo dos financiamentos habitacionais, que cresceram 2,8% no mês, e a evolução das carteiras do BNDES e do crédito rural, que registraram elevações mensais respectivas de 1,6% e 1%.