Venda de consórcios tem queda no bimestre



A preocupação do brasileiro com compromissos financeiros, tradicionais no início de cada ano, provocou uma desaceleração nos negócios consorciais. As vendas de novas cotas somaram 387 mil no primeiro bimestre de 2012, 2,5% menos que as 396,8 mil do mesmo período do ano passado. Apesar da retração nas adesões, o total de participantes ativos registrados em fevereiro deste ano, 4,78 milhões, ficou 12,5% acima dos 4,25 milhões contabilizados no mesmo período, há um ano. As contemplações também mantiveram-se em alta (12,6%), subindo de 176,5 mil em 2011 para 198,8 mil nos dois meses iniciais de 2012.

 

“Trata-se de comportamento comum nessa época do ano. Todavia, se analisarmos por outro ângulo, notaremos que o Sistema de Consórcios não deixou de crescer”, informa Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC, Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios. “O número de participantes aumentou, evidenciando que, mais uma vez, a tendência de crescimento do mecanismo continuará sendo importante como elo da cadeia produtiva brasileira. Isso, além da realização dos sonhos dos consorciados, por ocasião da contemplação, transformando a carta de crédito em veículo novo ou usado, casa própria, eletroeletrônico novo ou um serviço desejado. Acreditamos que, para o trimestre, considerando a normalidade das atividades, a tendência de alta deverá voltar”, completa.

 

Para Rossi, as elevações no total de consorciados ativos e no volume de contemplações sinalizam que o mercado continua aquecido. “No ano em que o Sistema de Consórcios completa 50 anos, constata-se que o consumidor segue aderindo ao mecanismo em razão de seus baixos custos e por entender que sua semelhança à poupança, porém com objetivo definido, disciplina-o para aquisição de bens e serviços, tendo como objetivo maior a formação de patrimônio pessoal, familiar ou empresarial.”

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