Cícero Lima, diretor executivo de varejo da Serena

O avanço no mercado de energia solar com o cliente no centro

Diretor executivo da Serena expõe os movimentos do setor com modelo de geração distribuída

Uma revolução silenciosa vem acontecendo, nos últimos anos, no setor de geradoras e distribuidoras de energia, primeiro com a criação do Mercado Livre de Energia e, mais recentemente, com o modelo de geração distribuída (GD). São movimentos que buscam dar liberdade de escolha ao consumidor empresarial e residencial sobre como e que tipo de energia quer receber e, ainda por cima, pagando mais barato e contribuindo com a sustentabilidade. Inserida nessa dinâmica está a Serena, que vem permitindo a energia solar chegar até o consumidor final sem a necessidade de instalação de placas solares ou qualquer tipo de equipamento. A empresa tem crescido à base de uma cultura de centralidade no cliente, conforme detalhou Cícero Lima, diretor executivo de varejo da Serena, hoje (14), na 1125ª edição da Série Lives – Entrevista ClienteSA.

O executivo começou explicando que a Serena é uma empresa global especializada em energia limpa, com seis parques eólicos no Brasil e um nos Estados Unidos, além de várias usinas de energia solar em alguns estados brasileiros e pequenas centrais hidrelétricas. “Ou seja, um portfólio que consegue atender a todo tipo de consumidor, de grandes e pequenas empresas e até residências, gerando economia, com sustentabilidade.” A grande mudança nesse mercado, segundo ele, é o poder de escolha do consumidor, desde a criação do Mercado Livre de Energia. “Se antes atendia apenas as grandes empresas, ele avançou com a entrada em vigor da lei 14.300 que passou a garantir os benefícios da geração distribuída para pequenas e médias empresas e consumidores residenciais.”

De acordo com Cícero, o mercado de energia tem, basicamente, dois tipos de consumidores, identificáveis pela fatura, que são os do grupo A, que consomem média e alta tensão e o grupo B, que reúne os que estão ligados à rede de baixa tensão. “No primeiro grupo, segundo estimativa da Aneel, estão cerca de 180 mil organizações que podem migrar para o Mercado Livre de Energia, obtendo economia de até 35% na conta e passando a contar com um certificado de uso de energia limpa.” Já no segundo grupo estão 90 milhões de residências e pequenas empresas que podem aderir ao programa de geração distribuída.

Explicando, então, a realidade para este segundo grupo, o diretor afirmou que a GD é constituída basicamente do uso massivo da energia solar, que não se resume mais apenas na instalação de placas nos telhados. Conforme detalhou, há empresas que, como a Serena, constroem usinas de energia solar, cuja geração é injetada nas redes de distribuição e energia, recebendo créditos que podem ser comercializados e repassados aos consumidores que fizerem a portabilidade para essas empresas. “Enfrentamos ainda uma maturidade muito baixa do mercado, porque a maior dúvida dos consumidores é saber como é possível que, sem investir um centavo em instalações, eles recebem uma conta de energia mais barata. Se no grupo A temos 60% de mercado ainda a ser explorado, no grupo B esse número sobe a 95%. Ou seja, nosso desafio atual é não só ajudar a criar a cultura de centralidade do cliente nesse segmento, mas disseminar essa oportunidade, da qual a maioria do público sequer ouviu falar até aqui.”

Houve tempo para Cícero falar das limitações impostas pela regionalidade que ainda existe nesse serviço, demandando que, para atender determinada região, é necessária a construção da usina. Ele citou uma particularidade no estado de São Paulo, onde operam seis a sete distribuidoras de energia, exigindo o investimentos em mais usinas, o que torna a criação de capilaridade para o serviço de forma mais lenta. O executivo também falou da criação da “Comunidade Serena”, onde os clientes podem indicar a empresa e ter a conta ainda mais barateada, além de destacar a atenção dada pela empresa à aquisição e ao atendimento ao cliente, com uma plataforma digital fácil e simples.


O vídeo, na íntegra, que está disponível em nosso canal do YouTube, o ClienteSA Play, junto com as outras 1124 lives realizadas desde março de 2020, em um acervo que já passa de 3,6 mil vídeos sobre cultura cliente. Aproveite para também se inscrever. A Série Lives – Entrevista ClienteSA terá sequência amanhã (15), recebendo Cristiane Nogueira, diretora geral da Punto, que tratará da missão de ser mais que uma maquininha de pagamentos; e, encerrando a semana, o Sextou debaterá o tema “Edtechs: personalização do aprendizado com uso de dados e IA”, reunindo Lucas Rana, CEO da Escola DNC, Denys Schmidt, diretor geral da Geekie, e Gustavo Torrente, head de Learning & Technical Solutions da Alura + FIAP Para Empresas.

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