
Segundo dados da GfK Indicator, o mercado de luxo no Brasil movimentou R$ 5 bilhões, em 2007, crescimento de 17% em relação ao ano anterior. No mundo, esse valor sobe para R$ 413 bilhões. Outra prova do crescimento desse mercado é que o Brasil está entre os países que mais cresceram em número de pessoas com patrimônio superior a US$ 1 milhão. De acordo com o “2008 World Wealth Report”, o número de milionários passou de 120 mil para 143 mil, no período 2006 para 2007. E estima-se que pelo menos outras 250 000 pessoas possuam patrimônios de US$ 500 mil, segundo estudo da consultoria Capgemini.
Dentro dessa perspectiva, é fundamental para as empresas desse setor que estejam familiarizada com os hábitos de consumo e estilo de vida dos ricos e das classes de maior poder aquisitivo, a fim de surpreender e encantar clientes em cada um dos contatos com a marca. “Hoje o consumidor de luxo, além de querer inovação, design, marca de prestígio e a incorporação rápida de novas tendências no produto, está mais bem-informado, têm a sua disposição inúmeras fontes de pesquisa, muito mais parâmetros para avaliar um produto ou serviço que lhe toque o coração. Prefere comprar marcas cuja origem e confecção sejam íntegras, o que significa que os valores morais das empresas são levados em conta na preferência”, conta Luz Vaalor, diretora e consultora da Valor Luxury Management.
Segundo Vaalor, no Brasil a busca do consumidor por produtos de luxo ainda têm uma demanda reprimida por isso o índice de sucesso dos novos empreendimentos no mercado é bastante alto. “No entanto, o Brasil é um país de extrema agilidade e emprendedorismo e se atualiza constantemente. Todos os dias há novos empreendimentos sendo abertos e a concorrência em alguns segmentos já é bastante considerável. Porém, há a meu ver muito espaço para crescer e trazer novas marcas em quase todos os segmentos da cadeia de luxo”, explica.
Para ela, a competição se situa dentro do próprio segmento de luxo, onde as marcas internacionais levam vantagem em relação ao luxo nacional, “principalmente pela imagem e infra-estrutura das marcas internacionais e pela capacidade que elas têm em incorporar rapidamente as novidades aos produtos e serviços”. Vaalor conta que o investimento no Brasil em novas lojas de varejos e novos sistemas de distribuição de produtos ainda é tímido comparando a outros paises como França, Itália e Estados Unidos. Outro fator a destacar que os empreendimentos de luxo ainda estão muito concentrados nos Estados dos Sul do País, como São Paulo e Rio de Janeiro, havendo muito para cresces em termos regionais.