Após um período de forte recessão no país, a atividade econômica segue em ritmo de recuperação. E no comércio varejista não tem sido diferente. É o que revela o Indicador de Atividade do Varejo, lançado este mês pela Confederação Nacional de Dirigentes (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). A sondagem aponta um crescimento de 2,8% nas consultas para vendas a prazo em 2018, na comparação com 2017. É a maior alta para o mês de dezembro desde 2014, quando houve aumento de 2,2%. O Indicador de Atividade do Comércio é construído a partir das consultas de CPFs e é um termômetro da intenção de compras a prazo por parte do consumidor, abrangendo os segmentos de supermercados, lojas de roupas, calçados e acessórios, móveis e eletrodomésticos.
O índice confirma a tendência de retomada do varejo, que segundo dados do IBGE relativos ao terceiro trimestre de 2018 mostram um avanço de 3,3% no PIB do comércio no acumulado de quatro semestres. Muito embora o volume de vendas do varejo não tenha alcançado os patamares anteriores à crise, os números começam a distanciar-se daqueles observados nos piores momentos. “A melhora dos níveis de confiança e o clima de otimismo para uma retomada mais forte da economia ajudaram a impulsionar a atividade varejista. Mesmo considerando apenas uma parcela das vendas, aquelas feitas a prazo, o Indicador sugere avanço das vendas do varejo ao longo do último ano”, analisa a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.












Os dados do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), da Associação Comercial de São Paulo (ASCP), registram crescimento de 3,8% nas vendas à prazo, já na primeira semana de dezembro em comparação ao mesmo período em 2008. Também houve uma alta de 37,4% em relação à primeira quinzena de novembro de 2009, mostrando que o varejo de móveis e eletrodomésticos já retomou o crescimento no final de ano. Em compras à vista, o SCPC/Cheque, apontou alta de 8,2%, na primeira quinzena de novembro, refletindo a grande venda de roupas e calçados. No mesmo período, o recebimento de carnês em atraso também cresceu, chegando a 13,5%, o que sugere que a inadimplência está entrando em queda.








