A evolução do marketing de afiliados

Executivos de Awin, Magalu, Rakuten Advertising e Saber em Rede debatem os avanços nas estratégias dos programas

Impulsionado por avanços tecnológicos e mudanças no comportamento dos clientes, o marketing de afiliados vem cumprindo um papel cada vez mais relevante na conexão do consumidor final com as marcas. Antes reservado a mídias e sites de cupons, hoje ele se democratizou, permitindo que qualquer pessoa possa aumentar a renda representando uma empresa. Trata-se de uma relação ganha-ganha, como ficou claro na 1091ª edição da Série Lives – Entrevista ClienteSA. Realizado hoje (21), o bate-papo reuniu Rodrigo Genoveze, diretor-geral da Awin para América Latina, Kaio Henrique Caldas, gerente de afiliados do Magalu, Augusto Parra, gerente de serviços ao cliente da Rakuten Advertising, e Laila Martins, CEO do Saber em Rede.

Primeiro a se manifestar, Genoveze destacou que o mercado de afiliados é uma ferramenta muito transparente e que ajuda a empresa a estar onde o cliente final está, procurando por determinados produtos, em um modelo de parceria ganha-ganha entre empresa e afiliados. “Dez anos atrás, esse era um modelo bem menos transparente, com muitos sites de cupons e mídias lá no fundo do funil. Mas, desde a pandemia, profissionais do mercado conhecedores profundos de produtos, que trabalhavam em lojas físicas, passaram para o on-line e, hoje, contribuem ajudando os consumidores a encontrarem informações sobre produtos e serviços. Atualmente, eles atuam como grandes criadores de conteúdo dentro de programas de afiliados, podendo monetizar esse conhecimento fazendo a ponte entre o cliente que está à procura e o anunciante que oferece.”

Por sua vez, Parra definiu o canal de afiliados como uma forma democrática que permite conectar com diversas mídias e estratégias e possibilita que o e-commerce vá além da performance. Ele também confirmou a relevância do momento da pandemia para conduzir ao canal de afiliados esses profissionais que se tornaram consultores, trazendo dicas de produtos e preços. “Muitos desses afiliados fazem também um serviço de curadoria e comparação de preços, entregando ao cliente a melhor sugestão. Somando-se a isso, algo que se potencializou também após a pandemia foi a oportunidade de cashback que, com uma boa experiência, leva à fidelização.”

Na sequência, Laila classificou o marketing de afiliados como uma forma poderosa de conectar pessoas, permitindo a monetização do boca a boca, além de ser uma forma de rentabilizar a influência. “O importante, como já foi dito, é que nos leva onde está o cliente, sendo um dos poucos canais que nos permite um alcance com grande escalabilidade, levando o on-line com o off-line junto. Ou seja, a marca encontra o cliente final em locais muito difíceis de alcançar, tendo um representante em cada canto do País, sendo um influenciador efetivo.”

Depois foi a vez de  Kaio afirmar que o programa de afiliados é uma oportunidade de empreender, obtendo uma renda extra e, para as marcas, uma forma de diversificar a captação de clientes. Ele fez questão de corroborar com a afirmação de Laila, lembrando que o Magalu tem 1.000 lojas, enquanto no País existem mais de 5.000 municípios. “Percebemos que, em cidades que não estamos presentes fisicamente, temos afiliados com um ótimo desempenho como representantes da marca naquele local específico. Na evolução desse modelo de programa notamos, nos últimos 10 anos, uma diversificação no perfil desses afiliados. Antes dominado por publishers ou sites de cupons, hoje é muito mais democrático. No Magalu, por exemplo, basta ter mais de 18 anos e uma conta corrente para poder receber a comissão, já pode se cadastrar e começar a vender.”

Ao longo do bate-papo, os convidados puderam aprofundar em outros temas relevantes, inclusive respondendo questões da audiência, tais como os principais métodos de avaliação de performance e remuneração dos afiliados, de que forma qualquer pessoa pode ser afiliado de uma marca hoje em dia. O vídeo, na íntegra, está disponível em nosso canal do YouTube, o ClienteSA Play, junto com as outras 1090 lives realizadas desde março de 2020, em um acervo que já passa de 3,5 mil vídeos sobre cultura cliente. Aproveite para também se inscrever.

A Série Lives – Entrevista ClienteSA retorna na segunda-feira (24), trazendo  Enrico Milani, CEO da Vapza, que falará da evolução da indústria de alimentos para atender novo consumidor; na terça, será a vez de Sarita Besada, VP de operações e experiência do cliente da Concentrix no Brasil; na quarta, Guilherme Nunes, gerente de CX do Banco Mercantil; na quinta, Fernando Quesada, professor e sócio-diretor da School of Rock Brasil, Portugal e Espanha; e, encerrando a semana, o Sextou debaterá o tema  “SXSW: qual o futuro das jornadas dos consumidores?”, reunindo Fernando Ostanelli, diretor executivo da CI&T, Guilherme Pereira, diretor de Inovação, Programas & Experiências da FIAP e da Alura para Empresas, e Alessandra Fu, diretora de arquitetura da Salesforce.

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