Fluidez do mundo online é um grande desafio
Estar no lugar em que o consumidor está no momento que ele quer. Essa regra básica da omnicanalidade, intensificada depois do surgimento da pandemia de Covid-19, nem sempre basta para gerar boas experiências aos consumidores. Algumas outras demandas ainda não foram totalmente atendidas por grande parte do varejo: tornar o momento do pagamento e o acúmulo de pontos dos programas de fidelidade livres de atritos. Dados da plataforma de pagamentos Adyen mostram que experiências de compras ruins geram mais de US$ 2,5 trilhões de perdas às empresas. Desse total, US$ 481 bilhões são resultado de produtos fora de estoque; US$ 370 bilhões, de filas longas; e US$ 251 bilhões, de falta de opções cross-channel. Entre as empresas atendidas pela Adyen no Brasil, estão Amaro, MadeiraMadeira, Uber, 99, Magazine Luiza e Via Varejo. Resumindo o desafio, como antes havia apenas lojas físicas, os varejistas se esquecem de integrar os pagamentos, que influenciam bastante no funil de conversão e na experiência. E, se na hora do pagamento o cliente tiver uma experiência ruim, ele não volta mais. Outro desafio que ainda não foi vencido diz respeito aos programas de fidelidade. Mais uma vez, a fluidez no mundo online, nesse caso, é bem maior. É só fazer uma compra pelo aplicativo da loja ou do prestador de serviços e ver os pontos se acumulando, por exemplo. Um outro estudo feito pela Adyen aqui no Brasil mostra que 79% dos entrevistados concordam com a frase: “os varejistas precisam melhorar a forma como me recompensam por comprar com eles”. Além disso, 80% afirmam que teriam “mais chances de comprar de um varejista se seu programa de fidelidade funcionasse automaticamente por meio” do cartão. Além disso, 64% consideram que os programas de fidelidade “demandam muito tempo”. A proposta da Adyen para casos assim é que o cartão do cliente seja usado como ponto de reconhecimento, seja qual for o canal de vendas. Fonte: Mercado&Consumo
Serasa pode pagar multa de R$200 milhões após vazamento de dados
Instituto Brasileiro de Defesa da Proteção de Dados Pessoais Sigilosos entrou com processo
Nas últimas semanas, parte significativa da população brasileira foi surpreendida ao ver que dados de identificação pessoal como o CPF e até o RG estavam disponíveis na internet. O mega vazamento de dados pelo Serasa virou assunto central na imprensa, tendo em vista que até mesmo os registros do presidente Jair Bolsonaro ficaram à amostra. Diante do ocorrido, o Instituto Brasileiro de Defesa da Proteção de Dados Pessoais Sigilosos entrou com um processo contra o Serasa, o acusando de responsável pela liberação dos documentos. A ação solicita que o órgão pague uma multa total no valor de R$ 200 milhões para quem teve seus informes expostos. Fonte: FDR
Crimes cibernéticos cresce 50% durante o períodos de isolamento social
Advogada especialista em cibercrimes, Lorrana Gomes, explica como os bandidos agem e dá dicas de como não cair nos golpes virtuais
A internet se tornou uma grande aliada da população, sobretudo nos tempos de pandemia em que o contato social ficou limitado às conexões virtuais. Porém, o uso constante das redes também escancarou uma situação alarmante: o aumento de cibercrimes. Foram mais de 75% milhões de ameaças virtuais ao longo do ano, segundo um relatório da Apura Cybersecurity Intelligence – uma das líderes mundiais em proteção e prevenção a cibercrimes. O balanço também mostra que no primeiro semestre de 2020, no ápice do isolamento social, o número de crimes virtuais cresceu 50% na comparação com o mesmo período do ano anterior. De acordo com a advogada especialista em cibercrimes, Lorrana Gomes, apesar de serem aplicados em ambiente virtual, os crimes na internet são os mesmos aplicados na vida real.nb“São crimes de roubo, furto, estelionato, crimes patrimoniais e morais adequados para o âmbito cibernético. Até mesmo alguns crimes contra a vida, por exemplo instigação ao suicídio, pode ser praticado por meio cibernético. Então, os crimes cibernéticos são crimes que foram adaptados para serem aplicados online”, detalha. Os crimes de estelionato, segundo a especialista, são os mais praticados na modalidade virtual e, por consequência, os que fazem mais vítimas. “Por exemplo, o golpe do falso leilão, em que a pessoa pensa estar adquirindo um produto, compra, paga pelo lance e não recebe o produto ao final. Do mesmo modo, o crime é do falso empréstimo em que a pessoa começa a achar que está fazendo empréstimo e aí são exigidas taxas, que ela acaba pagando, mas também nunca recebe o dinheiro do empréstimo,” explica. Para todos os crimes praticados no ambiente virtual as penas são as mesmas aplicadas para os delitos cometidos na vida real. Ou seja, no caso do estelionato, a pena comum pode variar de um a cinco anos de reclusão, além de multa para o infrator. “É preciso que a população tome muito cuidado. Desconfiar de qualquer transação que envolva dinheiro, nunca compartilhar senhas ou mensagens privadas, não efetuar pagamento por boleto para beneficiários de bancos digitais, exceto quando o estabelecimento for conhecido e ter muita cautela”, recomenda. “Se, infelizmente mesmo assim cair em um golpe, a vítima deve imediatamente procurar a polícia para fazer boletim de ocorrência e depois pode procurar um advogado para recuperar, em esfera Cível, esse valor que foi subtraído”, completa. Atualmente, em quase todas as cidades do Brasil existe uma delegacia especializada em crimes virtuais, porém, é possível fazer o registro da ocorrência em qualquer unidade policial.