A empresa de call center Mobitel sente-se preparada para manter suas operações durante a crise de energia. Para tanto, a empresa vem investindo em geradores e faz com que as medidas de racionamento sejam intensas nos departamentos administrativo e financeiro, evitando ao máximo envolver o call center.
Procuramos não impactar em nada a qualidade dos serviços oferecidos aos clientes, por isso, no call center o racionamento está limitado aos cuidados com os computadores nos momentos que ficam ociosos, anuncia a gerente de projetos, Neiva Dourado Mendes.
O site, que antes da crise já estava estruturado com gerador de 450 kVA para atender 800 PAs, recebe agora investimentos e reforça a estrutura com nobreaks mais potentes, que suportam até 30 minutos em caso de falta de energia e um novo gerador, sustentado a gás, que servirá como retaguarda.
Segundo a gerente, a crise energética não deve interferir no crescimento do setor, em alguns casos pode ser um ponto positivo mas não é uma questão primordial. Para as empresas que estão propensas a terceirizar os serviços de call center, a crise pode ser fator determinante na decisão, porém outros itens devem ser analisados, comenta. Podemos citar aquelas empresas que já têm call center, mas não querem investir em infra-estrutura de suporte à crise, ou aquelas que querem terceirizar pelo fato de o call center não ser seu core-business.
Quanto aos reajustes de tarifas telefônicas, Neiva afirma que os custos de ligações são de responsabilidade do cliente. Nosso trabalho é fechado em um pacote, porém os custos telefônicos são cobrados à parte e repassados aos clientes com os mesmos valores que recebemos da operadora de telefonia.
Neiva garante que a Mobitel manterá as cotas de redução de energia impostas pela governo porque possui cabine primária dentro do prédio. Isto é, quando a energia chega à cabine, os equipamentos vão tratar e distribuir a energia de forma uniforme para todas as operações. Este processo evita sobrecargas, finaliza.