“Não são os mais fortes ou inteligentes que sobrevivem, mas os que conseguem se adaptar ao meio ambiente.” Este é o principio da lei darwinista. Olhando hoje para as organizações, podemos dizer que esta lei se aplica ao atual contexto organizacional?
Temos hoje um ambiente onde a mudança é uma constante por diversos motivos, entre eles podemos citar a globalização e a tecnologia como facilitador da produtividade e da comunicação. Sob esta ótica da tecnologia podemos observar as mudanças que ocorreram dentro das organizações, principalmente entre as gerações que recentemente entraram ou que estão entrando no mercado de trabalho. São gerações mais autônomas, com opiniões muito rígidas e com capacidade de desenvolver muitas atividades ao mesmo tempo. Estas gerações (Y, Z) estão e estarão convivendo com as gerações X e alguns boomers.
Quem liderará neste ambiente? E neste momento nosso querido Darwin estava completamente correto no que diz respeito ao ambiente corporativo: conseguirá liderar verdadeiramente aquele que conseguir se comunicar de diversas formas, adequando-se às necessidades dos seus liderados e dando a eles exatamente aquilo que necessitam.
Para isto é necessário que o líder se liberte dos antigos paradigmas. Um deles, por exemplo, é “faça aos outros aquilo que gostaria que fizessem para você”. Lembre-se que seus liderados têm expectativas, anseios completamente diferentes dos seus e também completamente diferentes entre si. Não só NÃO dê a eles o que você gostaria para você, como também dê a cada um o que cada um gostaria de receber.
E para isso, meus queridos leitores, é necessário o autoconhecimento que provê ampliação da consciência, ou seja, ampliação da percepção da realidade. A frase do livro “A arte da guerra” de Sun Tzu sintetiza de forma magistral a necessidade do autoconhecimento: “Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece, mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá toda batalha”.
Irene Azevedo é diretora de negócios da consultoria global em mobilidade de talentos LLH|DBM e professora de gestão de pessoas na BBS Business School.