Estudo do Ipea, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, aponta que, entre 1995 e 2008, foram abertas cerca de 355 empresas de terceirização a cada ano, número que foi reduzido para 119 entre 2008 e 2010, queda esta de 66,5%. Na opinião de Leonardo Silva Leandro, diretor da Expansão Prestação de Serviços, a crise de 2008 afetou diretamente o setor. “Na crise muitas companhias sofreram com isso e algumas até mesmo encerraram as atividades refletindo diretamente nas empresas de terceirização contratadas”, destaca.
A pesquisa mostrou ainda que, até 2010, o Sudeste concentrava 5.342 empresas terceirizadas, que correspondem a 98,3% deste mercado, e a grande maioria se estabeleceu em São Paulo, empregando uma gama de 700 mil trabalhadores. Destas vagas, quase metade foi criada com o objetivo de fornecer mão-de-obra à serviços auxiliares de atividade econômica. “Embora seja uma grande oportunidade para as empresas terceirizarem, menos de 50% delas tomam esta atitude, significando que este mercado pode gerar o dobro de faturamento”, ressalta Leandro.
Outros pontos a serem destacados são a preocupação com a carga tributária e trabalhista, e a falta de planejamento somado a problemas e gestão, ingredientes que reduzem ainda mais a sobrevivência de muitas destas empresas de terceirização, segundo o diretor. “O mercado de terceirização movimenta algo em torno de R$ 15 bilhões por ano, ou seja, um mercado altamente atrativo, fazendo com que muitas pessoas se consideram prontas e preparadas para se aventurar nesse negócio. Mas, com o passar do tempo, percebem que não é fácil vender serviços terceirizados no Brasil”, finaliza Leandro.