E a diversidade, não é bem vinda?



A maioria dos executivos enxerga uma conexão entre a diversidade e o sucesso das empresas. Um total de 85% das empresas dizem considerar a diversidade de gênero como prioridade. No entanto, apenas uma em cada cinco empresas têm uma estratégia de recrutamento voltada para o talento feminino e apenas uma em cada quatro oferecem oportunidades de trabalho compartilhado (“job sharing”) em cargos de gerência. Este é um dos principais achados do Shattering the glass ceiling, estudo do Boston Consulting Group (BCG), que entrevistou 100 gestores de RH em 44 empresas internacionais.

 

As principais barreiras identificadas pelo estudo são a pouca atenção ao desenvolvimento de liderança para mulheres, a cultura da presença obrigatória no escritório, a dificuldade de conciliar família e carreira, a falta de programas para as mulheres que saem e depois retornam ao mercado de trabalho e critérios masculinizados de seleção em promoções. “As empresas precisam adotar medidas que vão além de programas de networking e mentorship. É claro que a mulher tem competência e capacidade para ocupar cargos elevados em uma companhia, o que falta é uma gestão do pipeline de talentos focada em diminuir esse desequilíbrio de gênero”, afirmou Christian Orglmeister, sócio sênior do BCG no Brasil e líder para o tema de RH.

 

O maior desafio para as organizações não encontra-se na falta de conscientização sobre o tema diversidade, mas sim na incapacidade de identificar adequadamente o próprio teto de vidro da empresa, segundo Rainer Strack, sócio sênior e líder global de RH do BCG. “A falta de mulheres em posições de liderança é primeiramente um problema interno de gestão de talentos. Mulheres recebem consideravelmente menos promoções que homens”, explica.

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