A partir de denúncias do jornal Daily Mail sobre a venda de dados confidenciais de clientes ao custo de $0,03 por funcionários de um call center na Índia, os repórteres do The Sunday Times foram ao país à paisana para averiguar a ação criminosa. As suspeitas indicavam que os funcionários teriam acesso a muitos dados privados e poderiam compartilhá-los com os comerciantes e criminosos.
Durante a apuração, os jornalistas constataram que dois “consultores” da área TI estavam prontos para atender e oferecer para venda, mais de 45 diferentes conjuntos de informações sobre 500 mil usuários britânicos. Dentre as informações comercializáveis, haviam nomes completos, endereços, números de telefones e de cartões de crédito, além de dados detalhados dos cartões de débito desses clientes (como numeração, data de validade e os três dígitos verificadores de segurança de cada cartão). Muito úteis para cibercriminosos e comerciantes, os dados financeiros e pessoais, respectivamente, seriam vendidos de acordo com a segmentação de usuários melhor sucedidos, ou seja, aqueles que geram mais lucros.
