Autora: Patricia Fargnoli
Primeiramente, gostaria de ressaltar a importância de estar preocupado com um tema como esse. Escutamos e lemos diversos artigos e ou entrevistas abordando a gestão de pessoas, mas não falta exemplos da diferença entre gerir e digerir. Um líder ou um gerente de um projeto preocupa-se com as ferramentas utilizadas, o percentual de lucro, a comissão alcançada e a satisfação do stakeholder, mas não se atenta à base de cada conquista.
Gerir é deixar a insegurança, os medos e os insucessos de lado e começar a investir na sua equipe. É dar créditos, se preocupar com a auto-estima, passar segurança, estar lado a lado. É ser líder sem precisar mostrar a coroa.
Também é ter sua equipe preocupada com cultura, política, futebol e todos os outros assuntos que muitos acreditam não ser pertinentes. É fazer um paralelo com a realidade profissional a uma contratação de um líder para uma equipe de futebol. É conversar quando um tende a chorar, é brigar quando um tende a não ouvir e ensinar quando um quer conhecer e aprender.
Além disso, é ter projetos que estimulem a criatividade, que intensifiquem a integração, que proporcionem o bem estar e que principalmente alimentem os sorrisos. Sim, sorrisos! Sorrir no trabalho é muito bom, é o momento que sua equipe está mais integrada com você, é o instante em que todos estão na mesma sintonia e, por incrível, que pareça é nele que surgem boas idéias.
Gerir é transformar uma equipe, é fazer com que todos conheçam seus medos, é mostrar que somos humanos antes de profissionais, é elogiar, é criticar como se estivéssemos falando com um amigo.
Não pensem que é fácil gerir pessoas, mas posso garantir que ganhamos muito. Não há rotatividade, desmotivação. Não se fica “vendido”. Não há falta de comunicação, insatisfações e processos trabalhistas. Não há ociosidade, e muitas outras coisas. Mas, garanto, sempre haverá reconhecimento e gratidão.
Gerir é ser líder de parceiros.
Patricia Fargnoli é gerente da GPTI.