Cerca de 31,2% das empresas já adotam o sistema de home office, segundo levantamento da Hays Recruiting Experts Worldwide. Dentre as principais razões apontadas pelas companhias, a preocupação em garantir a retenção de talentos e oferecer melhor qualidade de vida aos funcionários apareceu em 72,7% das respostas. No entanto, a questão da regulamentação é um fator em discussão entre os empresários.
“Normalmente as empresas fazem um contrato de trabalho para definir regras em relação a metas e horários, mas a questão das horas extras é sempre um ponto mais difícil para monitorar. Usar o login no sistema é apenas uma ferramenta para o controle, mas não garante que ele não estava trabalhando quando não está conectado à rede. O fato é: precisa haver confiança de ambas as partes para que não haja má-fé neste controle de horas extras”, afirma Eduardo Máximo Patricio, advogado e sócio do Gonini Paço e Maximo Patricio Advogados.
As empresas precisam ter, segundo o especialista, os mesmos cuidados que têm com o funcionário que está dentro da companhia, como parte médica, orientação de segurança e medicina do trabalho, fornecimento de móveis ergonomicamente adequados a função, pagamento de jornada e horas extras e cumprimento de normas coletivas. Com as devidas medidas tomadas, o trabalho em home office pode ser bastante rentável para a empresa, que reduz custos, evita a necessidade de uma estrutura física para acomodar os funcionários e contribui com a melhora na qualidade de vida, uma vez que não há perda de tempo com o trânsito.