Horizontal desde o nascimento

A prática da gestão horizontal veio antes da teoria na Vagas.com. Desde o seu nascimento, em 1999, havia a preocupação dos fundadores em manter o espírito de empresa pequena, sem o papel e a função de comando ou controle. “Só há mais ou menos dois anos a expressão e a consciência de que éramos horizontais surgiu”, conta Erica Isomura, especialista de RH da Vagas.com. A empresa é organizada em equipes – áreas funcionais e comitês multidisciplinares – com no máximo oito pessoas. “Somos radicalmente horizontais, não há níveis hierárquicos.” O resultado é um círculo virtuoso, de pessoas com muito mais autonomia, liberdade que gera um ambiente de muito mais engajamento, sem disputa de cargos, poder e controle.
Claro que não é algo simples. O principal desafio da gestão horizontal, segundo Erica, é cultural, pois não faz parte da cultura da maioria das pessoas viver em um contexto como esse. “Há necessidade de pessoas que tenham autonomia, análise crítica, comunicação, flexibilidade para exercer papéis diferentes (papel de liderança de um projeto/ideia, papel de gestor/empresário, papel de estagiário etc). Abertura para aprender, criar e cocriar. Pessoas que possuem valores aderentes ao modelo de gestão horizontal”, esclarece.
Ela explica ainda que o modelo está em constante evolução, com aprendizado todos os dias. “Somos uma empresa que aceita o erro como oportunidade de aprendizado. Buscamos sentido em tudo que fazemos”, destaca a especialista, acrescentando que a a Vagas.com se inspira em empresas como Semco, Gore e Valve, e no professor Gary Hammel, expert americano em gestão. “Não é fácil viver este modelo, pois precisamos aprender juntos e muitas vezes desafiar modelos mentais e padrões já instituídos no mercado como sendo “o correto ou a boa prática.”

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