O que os colaboradores esperam dos líderes?

Autora: Amanda Gomes
Boa parte da população passa no mínimo 12 horas dedicando seu tempo útil a alguma empresa. Essas mesmas pessoas querem se sentir seguras, amadas, desafiadas e importantes – crescendo e contribuindo!
Ser capaz de promover um ambiente que acolha e responda a essas necessidades pode parecer uma grande exigência para os líderes. Mas, na prática, acredito que é o único meio das empresas progredirem em suas iniciativas de retenção de talentos e ao mesmo tempo inovarem e prosperarem seus negócios.
A verdade nua e crua é que as empresas precisam ser mais profundas em suas iniciativas e menos rasas ao tratar de um assunto tão importante: o desenvolvimento humano.
Existe um investimento gigantesco em capacitação técnica, fóruns e tecnologias. Tudo para aumentar a agilidade dos processos, sistema ágil, múltiplas conexões de plataforma, internet 4.0 (já chegando a 5.0), milhares de informações por minuto. Há um forte estímulo às conexões externas: todo o conhecimento está a um clique e nós vivemos em uma era em que não existe mais nada a que não consigamos ter acesso; basta “dar um Google” e pronto. Certo?
Essa busca excessiva e obsessiva pela conexão, na prática, desconecta e estimula as pessoas a entrarem no piloto automático.
Embora o mundo pareça mais extraordinário com tanta inovação, vemos um crescente número de pessoas depressivas, com crise de ansiedade e desmotivadas.
As empresas precisam investir na Liderança Centrada, que se baseia em respeitar o ser humano de forma integral, equilibrando vida pessoal e profissional, contribuindo e investindo na inteligência emocional de suas equipes. Cuidar das emoções é o investimento com maior retorno para a empresa e consequentemente para uma sociedade melhor.
Os líderes precisam ser capacitados para lidarem com suas emoções. Verem causa no que fazem, sentirem-se inteiros como pessoas e, a partir da sua própria perspectiva de sucesso pessoal, serem o exemplo de desenvolvimento de suas equipes.
Não dá para fingir que isso não é relevante e continuar investindo em competências técnicas enquanto o mundo está clamando por sentimentos primários, como amor, conexão, pertencimento, entre outros. Investir em autoconhecimento dos colaboradores e no desenvolvimento comportamental e emocional é, para mim, a chave para o sucesso futuro das empresas.
Qualquer empresa, a partir das decisões de seus líderes, pode mudar um cenário tão desafiador de desengajamento de suas equipes, basta dar um passo concreto reintegrando as pessoas e investindo na inteligência emocional delas.
O retorno sobre esse investimento será alto!
Amanda Gomes é especialista em análise comportamental e cofundadora da ELAS, escola de liderança feminina do Brasil.

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