Autor: Alessandro Garcia
Acredito que seja uma ótima oportunidade para falarmos sobre a aplicação do People Analytics nos negócios. É por meio dessa análise que muitos gestores conseguem descobrir diversos gargalos dentro de uma organização e elaborar estratégias que ajudam a elevar a satisfação dos funcionários, melhorar a produtividade e o engajamento. O que muitos não sabem é que o People Analytics pode ser aplicado em diversas frentes, como por exemplo, recrutamento e seleção assertiva, treinamento, remuneração, entender qual o grau de adequação de um líder sobre a equipe, detectar padrões de melhorias sobre o clima organizacional, entre outros pontos.
Recentemente, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou uma pesquisa mostrando que o índice de desemprego no Brasil atingiu 12,2%, ou seja, 12,7 milhões de pessoas no país estão sem trabalho. Dentre essas pessoas, aproximadamente 85% são desligadas por questões de ordem comportamental.
Acredito que o erro que a grande maioria das empresas comete é na hora de fazer a seleção e recrutamento de seus colaboradores, que nada mais é do que um match entre comportamentos. Estamos acostumados a contratar o colaborador pelo currículo e demiti-lo por seu comportamento. Isso acaba gerando um alto impacto negativo tanto no custo de rotatividade, quanto em profissionais que são alocados em funções equivocadas para seus perfis.
Por isso, uma das formas de melhorar a contratação e retenção de funcionários é utilizar ferramentas que ajudam o gestor a ter acesso, em poucos minutos, à mais de 50 informações sobre o comportamento do candidato. A partir disso, ele tem insumos para mapear quem são as pessoas de alta performance e qual o perfil predominante. Tudo isso faz com que o recrutamento seja eficaz e permite que as empresas contratem somente pessoas que, de fato, tenham um perfil comportamental que se enquadre ao cargo destinado.
Por fim, poderíamos falar sobre diversas formas em que o People Analytics pode ser aplicado dentro de uma empresa. Mas, o que a maioria dos gestores precisa entender é que o RH necessita de uma ferramenta que integre todos os seus processos, sem deixar de garantir as funcionalidades necessárias para torná-lo cada vez mais estratégico.
Alessandro Garcia é Fundador e CEO da Solides.