Grandes corporações ocidentais começaram há algumas décadas a terceirizar seus serviços de produção, principalmente através de contratos com países orientais, como China e Taiwan. Hoje, o call center é um dos setores em que esse processo de globalização é cada vez mais marcante. Multinacionais americanas com unidades na América Latina estão terceirizando os serviços e centralizando o atendimento em países como Brasil e Argentina, abrindo um enorme mercado para profissionais bilíngües.
“Independentemente da profissão, o conhecimento de uma segunda língua, em especial o inglês, garante uma vantagem competitiva no mercado de trabalho, normalmente relacionada a maiores ganhos salariais”, diz Susana Martins, diretora de marketing do Wall Street Institute – Brasil. “Oferecemos cursos que permitem aos profissionais, como operadoras de telemarketing, desenvolver não só os seus conhecimentos gerais em inglês, mas também direcionar seu aprendizado para determinada área profissional.”
O Wall Street Institute oferece cursos de inglês de negócios – Business Online – para as seguintes áreas: secretariado executivo, financeira, marketing, recursos humanos, informática, direção geral ou comercial. Esta última está indiretamente relacionada com o trabalho de call center, uma vez que é um trabalho que exige foco em vendas.
Para a vice-presidente da Associação Brasileira de Telemarketing, Ana Maria Monteiro, “já se pode sentir um aumento de 30% na demanda por operadores fluentes em outras línguas, em especial inglês e espanhol. Muitos passam por períodos no exterior, trabalhando diretamente nas matrizes de multinacionais. Operadores bilíngües têm piso salarial em torno de R$ 1.200, contra R$ 472 que recebem os operadores em nível básico”.
Dados da consultoria McKinsey sinalizam a expansão da terceirização de serviços offshore, prevendo investimentos da ordem de US$ 346 bi até 2008 e economizando de 10% a 15% com os custos do processo.