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Sua empresa é socialmente responsável?

Você sabia que a cada 50 quilos de papel usado, transformado em papel novo, evita-se que uma árvore seja cortada? Mais do que saber, os colaboradores da Softway praticam esta ação. Isso porque, há um ano desenvolve o Programa Reciclar é Viver Melhor – uma iniciativa que visa a conscientização sobre a necessidade da conservação do meio ambiente. Além disso, o programa permite reverter a venda do material reciclado às comunidades carentes. Pequenas ações como esta é que fazem a diferença em uma empresa socialmente responsável. Os projetos são muitos, que podem ir de doações a projetos mais elaborados de inclusão social. No setor de call center, gerador de cerca de 500 mil empregos no País, as empresas há muito se movimentam para se tornarem cidadãs.

Na Softway, o Programa Reciclar é Viver Melhor é uma pequena referência no campo da responsabilidade social. A empresa, que iniciou suas ações em 1998 com campanha do agasalho para instituições carentes e grupos de visitas ao Hospital do Câncer, hoje coloca em prática um macro-projeto de inclusão social. Trata-se do Projeto Horizontes, que recruta jovens, especialmente de comunidades carentes, para o primeiro emprego. Em parceria com o Instituto Habilitare, a empresa já capacitou quase quatro mil pessoas. O Projeto Horizontes – Segunda Fase (PNEs) é gerador de oportunidades de colocação profissional para Portadores de Necessidades Especiais, através da capacitação e ações conjuntas.

De maio a janeiro de 2004, a Softway (Florianópolis e Jundiaí) teve 92 PNEs inscritos no processo seletivo da empresa, contou com a presença de 54 deles, capacitou 44, aprovou 35 e, destes, gerou 34 empregos. Para acompanhar os admitidos pelo Horizontes, a empresa conta com o projeto Aprendiz, pelo qual o colaborador recebe novos treinamentos e reciclagens. “A princípio, o desenvolvimento dos projetos é para a empresa o exercício do papel social, uma contribuição para uma sociedade melhor e mais justa. Porém, estas ações elevam o nível de desenvolvimento profissional dos colaboradores e com isso a empresa ganha em motivação e produtividade, reduzindo o índice de turnover e absenteísmo”, comenta o presidente da Softway, Alessandro Goulart.

Este é apenas um dos resultados de uma pesquisa entre as empresas de call center realizada pela revista ClienteSA, entre o final de janeiro e o início de fevereiro deste ano, para avaliar o valor que as corporações setoriais agregam no relacionamento social, mais que econômico, com a comunidade envolvida no negócio relacionamento com clientes. Outro exemplo são os resultados atingidos pela SPCom, que está com o índice de turnover abaixo de 1% ao mês. Um desempenho excelente para uma empresa que emprega três mil funcionários. “A melhoria dos resultados internos é refletida na imagem da empresa perante a sociedade e o mercado”, garante a presidente da SPCom, Alexandra Periscinoto. O primeiro programa social da empresa foi o “SPCom conservando o meio ambiente”, lançado em 1999. O projeto também consiste na coleta seletiva do lixo, revertendo os valores arrecadados com a venda do material para instituições sociais. Esta ação levou a empresa a criar, em 2002, o Instituto Terni Periscinoto, que atua com programa de qualidade de vida; oferece a oportunidade do cultivo de uma horta com 1.800m², através do programa Horta & Pomar, no qual recebeu 400 funcionários como voluntários e a parceria com o Grupo Escola Aprendiz, que tem como objetivo a participação da população na melhoria do espaço público, exercitando a criatividade.

Desde que a mineira ACS começou a ser pensada, a preocupação com o talento humano foi foco no empreendimento do grupo Algar. Por isso, o prédio da empresa foi planejado com condições estruturais para que a ACS pudesse adotar uma política de recrutamento e seleção que atendesse a contratação de adolescentes carentes, pessoas da terceira idade e portadores de necessidades especiais. O prêmio por este esforço: a empresa completou cinco anos em janeiro de 2004 e há cinco anos consecutivos recebe o título de Empresa Cidadã da Câmara Municipal de Uberlândia. Mas a empresa não se limita às ações de recrutamento. Entre outros projetos, a ACS oferece o Alô Companheiro Solidário!, um projeto que promove ações para públicos diversos, entre eles crianças e idosos com carências emocional e financeira. As ações contam com a participação da diretoria como liderança educadora e chegam a envolver familiares dos associados (como a empresa denomina seus funcionários) e fornecedores que se sentem motivados pelas ações propostas.

Para os funcionários da Contax regional Bahia, domingo é dia de exercitar a cidadania. O projeto Domingo no Asilo incentiva os funcionários a passarem um domingo se divertindo junto a idosos do asilo D. Pedro II. A ação é incrementada com atividades durante o dia, e dá direito a forró e bingo. “O objetivo da Contax é reforçar sua imagem de empresa cidadã, consolidando valores de comprometimento, espírito de equipe, iniciativa pessoal e criatividade”, avalia o diretor de Recursos Humanos, Humberto Bortoletto. A Contax começou suas atividades em dezembro de 2000 e já em 2001 iniciou atividades sociais junto à comunidade carente, com uma campanha nacional que arrecadou brinquedos para orfanatos em todo o Brasil. Hoje, além da arrecadação de alimentos, brinquedos e roupas para instituições de caridade, a empresa promove ações sociais relacionadas a programas de emprego e capacitação profissional.

Em 2003, 23% da mão-de-obra contratada pela Contax foram primeiro emprego. Esse ano, a empresa irá implementar o Programa Nacional de Primeiro Emprego (PNPE) em parceria com o Governo Federal. De acordo com Bortoletto, uma forma maior de contribuição do Governo para os programas de primeiro emprego seria a realização de cursos preparatórios como o de informática, que dão subsídio ao jovem sem experiência para entrar no mercado de trabalho. “Esses cursos ajudam a formar mão-de-obra de primeiro emprego e facilita a absorção dos alunos pelas empresas, que hoje, como no caso da Contax, investem milhões em treinamento técnico, enquanto poderiam se concentrar em treinamentos para a melhoria da qualidade e satisfação do cliente”, comenta.

Mas, se o problema é treinamento gratuito de informática, então o caso é com a CSU. Desde a sua fundação, em 1992, a CSU está engajada em atividades que mobilizam seu quadro de funcionários em prol de ações sociais em todas as capitais em que está sediada.Em novembro de 2003, deu início ao seu principal projeto social – o Instituto CSU. Através Centro de Treinamento Tecnológico (CTT), o Instituto visa qualificar desempregados para o mercado de trabalho, e já estima oferecer mais de 10 mil cursos de informática gratuitos por ano.

“A companhia também tem a preocupação de estruturar uma gestão de pessoas capaz de manter a trajetória de crescimento dos novos negócios, oferecendo oportunidades de desenvolvimento aos seus profissionais”, comenta o diretor de marketing, RH e qualidade, José Antônio Camargo de Carvalho. Assim, a companhia desenvolveu e implantou a CSU University. Um projeto que vem ativar e complementar os planos que envolvem treinamento e capacitação de pessoal, de forma mais sistemática. A CSU University aprimora os conhecimentos dos funcionários dentro dos processos que envolvem o core business da empresa. No mesmo conceito, a CSU também desenvolveu o learning center, ambiente construído para o treinamento e autodesenvolvimento dos funcionários.

O Projeto PDAP – Programa de Desenvolvimento Acadêmico e Profissional – também está voltado para a formação universitária. O projeto é uma iniciativa da Vermont, que em parceria com a UNISA – Universidade Santo Amaro, beneficia 200 jovens vindos de colégios públicos com bolsas de estudo para curso superior de marketing e especialização em contact center. Os estudos são custeados pela Vermont que ainda oferece estágio remunerado aos jovens.

Com a mesma estratégia de capacitar seus colaboradores, a Teleperformance Brasil estabeleceu parceria com a Faculdade Anhanguera de Ciências Humanas de Goiânia para a criação do Curso Superior Seqüencial em Telemarketing. Outra iniciativa da empresa permite a inclusão de jovens no mercado de trabalho. Trata-se do Projeto de Absorção de Menores Aprendizes, cujo projeto piloto foi implantado em Goiânia, junto ao Governo Federal e o Senac. O curso oferece aulas de capacitação e atividades na empresa.

Os projetos de inclusão social praticados pelas empresas mexeu com a estrutura organizacional da TeleTech. Há cinco anos no mercado nacional de call center, a empresa criou em 2001, o Conexão com o Futuro, projeto que oferece oportunidade de emprego a jovens e adultos menos favorecidos. No início do Projeto, a TeleTech promovia a inclusão dessas pessoas em seu quadro funcional. Dentro da empresa, alguns executivos perceberam que o Conexão com o Futuro poderia envolver pessoas jurídicas distintas, tornando-se uma ação social de várias empresas e, ao mesmo tempo, beneficiar entidades diversas. Assim, o projeto foi transformado numa Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), uma ponte de ligação entre entidades de cunho social e/ou educacional do terceiro setor e empresas que praticam atividades de responsabilidade social.

Atualmente, a TeleTech é mantenedora da Conexão com o Futuro. A primeira turma convidada a participar do Conexão foi a Associação Meninos do Morumbi, uma ONG que tem como objetivo melhorar a qualidade de vida de jovens carentes de São Paulo por meio de atividades artístico-musicais. A segunda turma a participar foi a Associação Fênix, para a melhoria da qualidade de ensino de uma escola pública, em São Paulo. A mais recente parceria foi realizada com a Cidade Escola Aprendiz, um laboratório de pedagogia comunitária que realiza a experiência do bairro-escola, dedicada ao aprimoramento simultâneo da comunidade e da educação. Em todas essas parcerias, a TeleTech, além de funcionar como mantenedora, assumiu o papel de entidade-destino. Neste momento, a OSCIP está procurando empresas para exercerem, junto com a TeleTech, a função de mantenedora, com o papel de prover os recursos necessários à manutenção da infra-estrutura operacional da Conexão com o Futuro.

Para a realização do Projeto Escola, a TMKT Marketing de Relacionamento fechou recentemente parceria com uma escola estadual, em São Paulo. O projeto, que prevê a capacitação de 100 jovens para o mercado de trabalho, recebeu investimentos da TMKT para a reforma e infra-estrutura das salas de aula, que agora contam com equipamentos modernos e pontos de atendimento.

Seguindo o apoio das parcerias, a Adedo Contact Center firmou contrato com a Prefeitura Municipal de Barueri para participar do projeto Preparando Profissionais para o Futuro”. Trata-se de um projeto em que a Adedo ministra cursos práticos, como o de técnicas de Telemarketing e Negociação, bem como manuseio de equipamentos de informática e telefonia, para as pessoas cadastrados no Banco de Profissionais da Casa do Trabalhador, da Prefeitura de Barueri. Uma equipe de profissionais da Adedo está disponível para o acompanhamento, orientação e instrução durante o curso.

De acordo com dados do IBGE, existem no Brasil cerca de 20 milhões de analfabetos com idade acima de 15 anos. Para amenizar este situação, a Telefutura tem uma parceria com a Alfabetização Solidária – uma sociedade civil sem fins lucrativos e de utilidade pública que adota um modelo de alfabetização simples e de baixo custo, atendendo jovens e adultos analfabetos. Para que as pessoas possam contribuir com este trabalho foi criada a campanha Adote um Aluno. No programa, a contribuição semestral de determinada quantia é equivalente a um módulo completo de alfabetização de um aluno adotado. Esta campanha conta com o apoio da Telefutura desde o início de dezembro de 2003 para atender aos interessados em adotar um aluno ou esclarecer dúvidas sobre a atuação desta organização.

As ações de responsabilidade social praticadas pela TeleSoluções começaram em dezembro de 2002, com arrecadação de 800 quilos de alimentos não perecíveis para as instituições Projeto Vida para o Lixão e Centro Abel Sebastião de Almeida. Estas ações foram o ponto de partida para outras ações que hoje são desenvolvidos pela empresa. Pelo projeto Talentos Especiais, a companhia prevê a contratação de aproximadamente 50 pessoas com algum tipo de deficiência. Hoje, cerca de 10 deficientes trabalham no telemarketing. Pelo projeto Semear, no qual é mantida parceria com o Projeto Vida para o Lixão, a TeleSoluções oferece curso de formação de telemarketing ativo, com possibilidade de aproveitamento para seu quadro de colaboradores.

A cidadania corporativa praticada pela TeleSoluções também alcançou uma forma de auxílio ao Reame (Resgate e Ame Crianças e Adolescentes em Situação de Risco Social) – organização humanitária e cristã empenhada na transformação dos meninos que vivem nas ruas. O princípio desse trabalho é a evangelização, educação e profissionalização dessas crianças. Para ajudar essa instituição, a TeleSoluções organizou um jantar beneficente, cuja a renda arrecadada foi revertida para o organização.

A CBCC divide suas atividades de empresa cidadã entre os públicos interno e externo. Dentro do Programas de Qualidade de Vida, oferece o programa institucional Tudo Bem, que tem por finalidade agregar ações de qualidade de vida desenvolvidas na empresa. Através do Tudo Bem, são lançadas campanhas de saúde, como Aids e câncer da mama, entre outras que são realizadas com fortes ações de comunicação em todos os meios disponíveis na empresa. Ainda no Tudo Bem é desenvolvido o programa de ginástica laboral realizado com consultoria especializada. Para o público externo, visando desenvolver o espírito de cidadania em cada um, a CBCC organiza arrecadações para instituições carentes. Estas ações são desenvolvidas em todos os sites da empresa, sendo que os próprios funcionários indicam as entidades que serão beneficiadas nas suas cidades. De acordo com a diretora de qualidade de pessoas e marketing, Anna Luiza Martin, são formados comitês por área e site, no qual os funcionários terão a responsabilidade de motivar as equipes para a arrecadação. “Os próprios funcionários entregam o que foi arrecadado. Toda a campanha é planejada e monitorada pelas áreas de qualidade de pessoas e marketing”, explica.

O Dia Global do Voluntário é uma iniciativa institucional da EDS Corporation, realizada há dez anos pela EDS no mundo todo, sempre no mês de outubro. As atividades e formas de atuação variam de país para país, tendo como objetivos ajudar entidades e pessoas carentes através de ações, contribuições e melhorias no seu dia-a-dia e realizar ações de cidadania. A participação da empresa EDS ocorre através do incentivo aos funcionários e colaboradores no sentido de se mobilizarem e buscarem a melhor forma de contribuir e realizar estas atividades. Para a captação de recurso no projeto, a partir do recebimento do logotipo oficial do Dia Global do Voluntário, uma das atividades do grupo de coordenadores é definir de que forma utilizá-lo para gerar recursos. A EDS do Brasil há vários anos tem confeccionado a camiseta que, além de representar o espírito do evento, tem duas outras importantes funções: gerar todo a verba necessária para que os voluntários da EDS auxiliem as instituições e reforçar o significado do projeto, ao estar “todos vestindo a mesma camisa”.

Em outro âmbito de atuação, a EDS Brasil patrocina o empreendimento sócio-cultural Projeto Guri em São Bernardo do Campo. O projeto beneficia cerca de 250 crianças e adolescentes carentes da região, permitindo a socialização através da música. Lançado em 1995, pela Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, o Projeto Guri pretende formar orquestras-escola, corais e grupos musicais na faixa etária de 8 a 18 anos. Em parceria com o Governo do Estado, a EDS se responsabiliza pelo desenvolvimento do projeto, aquisição, manutenção e reposição dos instrumentos, uniformes e contratação dos professores. A locação e a manutenção do espaço físico é um investimento da Prefeitura de São Bernardo do Campo, também responsável pela divulgação e seleção dos alunos.

Atendendo ainda ao público jovem, a Atento Brasil, com foco na luta contra as drogas, firmou parceria com a Associação Parceria Contra as Drogas (APCD) para a disseminação dos Centros de Informações sobre Drogas – CIDs. A ação incentiva a busca pela qualidade de vida, prestando um serviço para os funcionários e comunidade. A estratégia da Atento engloba a promoção da semana Saúde é Atitude, em cada um de seus 14 contact centers espalhados pelo Brasil. O programa está baseado na faixa etária da maioria dos funcionários, 60% deles estão entre 18 e 25 anos, fase de grande vulnerabilidade ao apelo das drogas. Segundo a gestora de marketing, Karina Sassoon, o resultado mais visível é a satisfação do funcionário. “O Projeto Saúde é Atitude, junto a APCD, foi bem aceito pelos funcionários. O resultado é comprovado no dia-a-dia, com um ambiente mais integrado e motivado”. Para o encerramento da semana Saúde é Atitude, realizada no contact center, em Ribeirão Preto, por exemplo, houve uma caminhada pela cidade, que envolveu mais de 600 pessoas entre funcionários, parentes e amigos. “O maior resultado de uma ação de responsabilidade social é o impacto desta ação para a sociedade”, avalia a gestora. Com os Centros de Informação sobre Drogas, a APCD e os Conselhos Municipais Anti Drogas (Comands) visam prestar atendimento às populações sem acesso à informação sobre prevenção ao uso de drogas. Hoje já existem mais de 500 Comads formados.

A Work realiza ações sociais desde que iniciou suas atividades, em 1991. No projeto Escola, em parceria com a Escola Estadual José Cândido de Souza (SP), são promovidos eventos culturais, torneios esportivos e doaçõs de materiais esportivos. O objetivo é ajudar no Projeto Escola da Família. Alguns colaboradores da Work são voluntários deste projeto aos finais-de-semana, no qual dedicam parte de seu tempo à comunidade.

Outra empresa que trabalha o incentivo ao voluntariado é a Dedic. Ela apóia a Campanha McDia Feliz através de ações que estimulam o voluntariado e ao mesmo tempo beneficiam as instituições.

Exemplo de cidadania corporativa, estas empresas não colocaram foco somente em seus produtos ou serviços. Nem mesmo voltaram seus investimentos apenas para infra-estrutura e tecnologia. Mais que isso, repensaram suas estratégias internas, atingindo o público externo e, por conseqüência, gerando valor na qualidade das suas relações.



















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