A busca pela novidade

O mercado de e-commerce conta com mais de 45 milhões de consumidores no Brasil e deve chegar ao final de 2013 a um faturamento de 28 bilhões. Dentro desse número, 25% dos brasileiros já tiveram alguma experiência de compra internacional on-line, segundo o estudo WebShopper. Na visão de Pedro Guasti, diretor geral da E-bit, um dos motivos é a demora para o lançamento dos produtos no Brasil que leva os consumidores a suprirem suas necessidades de consumo no mercado internacional. “Comprar fora traz para o consumidor que gosta de novidade, a possibilidade dele encontrar produtos diferenciados que não encontraria no Brasil, ou lançamento de produtos que ainda não chegaram. Um exemplo é o iPhone 5S que foi lançado, provavelmente já vai ser vendido na próxima semana no exterior, mas no Brasil só deve chegar no final do ano”, conta.
Além da busca pelo novo, segundo Guasti, os e-consumidores também levam em conta os preços mais baixos de comprar fora, já que a carga tributária no Brasil é alta. “Aparentemente pode ser uma vantagem, mas quando ele compra no momento em que o dólar está muito volátil, muito instável, pode fazer com que o produto que era aparentemente mais barato, fique mais caro”, afirma o diretor. Outro ponto que Guasti destaca, é o desconhecimento da reputação de uma empresa do exterior e o prazo para a entrega. “Muitas vezes há demora na entrega, pode demorar 60 dias, e também tem casos em que o produto fica apreendido na alfândega, por algum motivo, por falta de pagamento das taxas de importação etc., e isso pode burocratizar a compra”, explica.
EXISTE FIDELIDADE NO E-COMMERCE?
Para o diretor da E-bit, o e-consumidor é pouco fiel, já que o foco dele é encontrar as melhores oportunidades em termos de preços, reputação da loja etc. No Brasil, segundo o executivo, existem mais de 20 mil lojas que vendem todo tipo de produto, e o cliente tem sempre que pesquisar e avaliar se vale a pena comprar fora. “O consumidor sempre faz uma balança. Ele usa o comparador de preços, muitas vezes até no smartphone, dentro de uma loja, ele está mais ligado na equação preço/comodidade”, afirma Guasti. 

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