Apesar de diminuírem a ida ao ponto de venda em três vezes, os brasileiros estão consumindo mais. Foi registrado aumento de 3% em volume consumido e 9% no preço médio, segundo dados do estudo Consumer Insights da Kantar Worldpanel, que monitora o consumo de bens não duráveis, como alimentos, bebidas e produtos de higiene e beleza. A Classe C foi grande responsável pelo crescimento do consumo no país e no último ano registrou um aumento de 6% em volume e 8% no preço médio. “A nova formatação da classe média, que aglomerou um maior número de consumidores nos últimos anos, também demonstra interesse na compra de uma gama maior de produtos, além daqueles de subsistência. A migração da classe D/E para a C também colaborou para o aumento do consumo”, afirma Christine Pereira, diretora comercial da Kantar Worldpanel.
Contudo, se em 2012 a classe D/E puxou o consumo do país para cima, em 2013 o comportamento de compra desse consumidor, mais sensível ao aumento dos preços, tem sido o oposto. No último ano foi possível observar que a Classe D/E registrou uma queda de 1% em volume consumido, mas deixou de ir ao ponto de venda em média cinco vezes. Apesar da retração do consumo, o número de itens comprados por viagem aumentou para 9% em comparação ao ano anterior, mas, ainda sim, existem alguns produtos como queijo, ketchup, cervejas, sobremesa pronta e suco pronto para beber que ainda precisam ser conquistados por esta classe. Já na Classe AB, o volume consumido, comparado ao ano anterior, mostrou um crescimento de 2% e a ida ao ponto de venda diminuiu apenas em uma vez.
No ponto de vista regional, mesmo com um aumento de preço próximo ao das grandes metrópoles, o Centro-Norte do país (que engloba Centro Oeste, Norte e Nordeste e as regiões do Interior do Rio de Janeiro, Espirito Santo e Minas Gerais) cresce racionalizando seu consumo. Estas regiões, ao mesmo tempo em que diminuíram as suas idas ao ponto de venda, aumentaram seu volume de compras e o preço médio gasto. As regiões do Interior de São Paulo e Sul mostraram um crescimento no preço médio gasto, porém uma estabilidade em sua frequência de compra e no seu volume.