Mariela Arce, diretora de marketing e comunicação para a região Sola na Red Hat

A cultura aberta e as novas gerações

Em um ambiente de aprendizado colaborativo e prazeroso, onde o acesso à informação é visto como um bem comum – mais diversidade e inclusão valorizadas como vetores de inovação – os perfis conseguem crescer

Autora: Mariela Arce

Nós que gerenciamos times diversos passamos muito tempo pensando e repensando novas abordagens que abranjam todos os perfis, principalmente as novas gerações que nos impulsionam a inovar o tempo todo. O que elas exigem?

Os jovens querem sentir que seu trabalho contribui para uma causa maior e que seus esforços fazem a diferença para o bem no mundo. Eles buscam flexibilidade e equilíbrio entre trabalho e vida pessoal; querem oportunidades para aprender e se desenvolver profissionalmente, incluindo treinamento contínuo, programas de mentoria e oportunidades de avanço na carreira.

Eles estão acostumados a usar a tecnologia em seu dia a dia e esperam ter ferramentas modernas e eficientes em seu local de trabalho. É muito importante que eles tenham um ambiente inclusivo, diverso e que proporcione autonomia. Eles agradecem as oportunidades de treinamento, mas esperam que aconteçam no ritmo das mudanças e inovações do mercado.

Definitivamente, esse contexto estabelece certas condições que as organizações devem considerar para continuar atraindo talentos. É aqui que entra em jogo um fator fundamental que viabiliza grande parte do ambiente de trabalho que os jovens esperam: a cultura aberta.

Do que estamos falando quando dizemos “adotar uma cultura aberta”? Trata-se de criar um espaço que promova a inovação sem medo de errar, que convide os colaboradores a descobrir novas versões de si mesmos, a interagir com colegas em outras funções além de um organograma. É compartilhar conhecimento, aprimorar o que foi feito em conjunto, identificar problemas e construir soluções colaborativas. Para os líderes, trata-se também de crescer por meio da formação de novas gerações e, assim, estender essa prática ao longo do tempo.

Crescer juntos é uma busca diária diante de um contexto de mercado absolutamente desafiador em todos os níveis, não só pela aceleração das mudanças, mas também pela demanda de novas formações acadêmicas para esses jovens que ainda estão se firmando. Por isso, é fundamental que o processo de requalificação e adaptação às novas necessidades do mundo do trabalho comece na universidade. Proporcionar uma educação centrada no desenvolvimento de competências alavancadas pela utilização da tecnologia que, ao mesmo tempo, promove uma abertura para a aprendizagem contínua, ajudará os jovens a estarem melhor preparados para enfrentar os desafios do futuro.

A cultura aberta desempenha um papel fundamental neste processo. Ao promover um ambiente de aprendizado colaborativo e prazeroso, onde o acesso à informação é visto como um bem comum, e a diversidade e a inclusão são valorizadas como vetores de inovação, os perfis conseguem crescer. Desta forma, elimina-se uma lacuna que, muitas vezes, desencoraja os jovens a inovar.

Ao adotar uma cultura aberta, as organizações têm o privilégio e a obrigação de apoiar o desenvolvimento de competências e conhecimentos que terão impacto no futuro da sociedade. Os grandes avanços tecnológicos que marcaram a história da humanidade foram fruto do trabalho compartilhado e colaborativo de indivíduos que ousaram pensar além. Essa abordagem desafia as novas gerações e as torna ainda mais comprometidas com seus projetos de trabalho, ajudando a construir um futuro muito mais diverso, inclusivo e promissor.

Mariela Arce é diretora de marketing e comunicação para a região Sola na Red Hat.

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