Metade da população de classe C terá acesso à Internet em 2020, sendo que 60% das conexões serão de banda larga. É o que revela estudo realizada pelo Profuturo/FIA (Programa de Estudos do Futuro da Fundação Instituto de Administração). O levantamento mostra que, em 2008, apenas 7% das conexões desse segmento econômico era banda larga.
Além da classe C, outras esferas também terão grande aumento na utilização dessa tecnologia. Na classe A, em 2008, 64% das conexões de Internet eram por meio de banda larga, porém, em 2020, a projeção é de que esse índice suba para 99%. Na classe B, as conexões saltarão de 26%, em 2008, para 90% em 2020; e as classes D e E saltarão de 1%, em 2008, para 25% em 2020.
Para o professor James Wright, coordenador do Profuturo e um dos autores da pesquisa, dois fatores de destaque serão responsáveis pelo crescimento desse tipo de conexão no país. “O menor custo da banda larga, impulsionado pelo Plano Nacional de Banda Larga, em que o preço anunciado pelo governo deve custar em torno de R$ 25 e R$ 35, e o incentivo para a compra de computadores terão caráter determinante para essa expansão.”, explica.
A tecnologia que mais terá crescimento no tipo de conexão de Internet banda larga até 2020, com 33%, será a “Conexão via cabo modem ou wireless (oferecida pelas operadoras de TV por assinatura)”, seguida da “Conexão via redes WiMAX”, com 31%. Outras tecnologias também figuram entre as que conquistarão uma fatia maior do mercado como o acesso via 3G/4G (celular) e a conexão por rede elétrica, indicadas, respectivamente, por 17% e 11%.
Considerando especificamente o acesso das classes C, D e E à Internet banda larga, o estudo destaca que o principal meio para navegação na web até 2020 será a ADSL (oferecida pelas operadoras de telefonia fixa, por cabos telefônicos). O motivo é que ela será a opção com menores custos e maior viabilidade financeira, dado que outras tecnologias, como a TV a cabo, não conseguem alcançar os locais onde moram as pessoas destas classes sociais.